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Mato Grosso

Ação na biblioteca transforma Marechal Rondon e Dom Aquino em personagens de RPG

A Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça se insere na vanguarda. Desde o ano passado, todo último sábado do mês, o Palácio da Instrução, é cenário para batalhas épicas de RPG. Em 2019, a atividade se ampliará a dois sábados por mês. Essas novas aventuras vão estar disponíveis a partir do dia 22 de fevereiro.

RPG é uma sigla em inglês para Role Playing Game, que em uma tradução livre significa jogo de interpretação de personagem. Nesse jogo, um grupo de pessoas se reúne para contar uma história colaborativa, como se todos fossem os roteiristas de um filme. A visibilidade proporcionada pelos jogos de RPG é um diferencial atrativo à comunidade, que consequentemente proporciona o interesse pela leitura. 

Com o intuito de estreitar os laços com a comunidade, surgiu o projeto RPG na Biblioteca, em uma conexão com a literatura mato-grossense. Em algumas edições, os livros guia, tradicionais ao RPG, são substituídos por obras da coleção Mato Grosso. Assim, é fácil vivenciar uma batalha entre Marechal Rondon “arqueiro” e o “mago” Dom Aquino contra jacarés gigantes no Pantanal superlativo.  

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“A biblioteca nos proporcionou estudos literários sobre a história do Estado. Adaptamos tudo para RPG, nossos ícones históricos, nossas etnias indígenas, nossas lendas e região, tudo baseado em muita pesquisa”, explica um dos idealizadores da ação na biblioteca, Renan Nareno.

As atividades são realizadas aos sábados, de maneira voluntária pela equipe da Confraria dos Mestres, um grupo de jovens que além de jogar, ministra cursos e workshops voltados para a prática do RPG e formação de novos mestres. Interessados em auxiliar serão bem-vindos, ressalta o grupo. Para participar é necessário ter no mínimo 10 anos de idade e possuir a carteirinha de sócio da biblioteca.

“Trata-se de um projeto importantíssimo porque movimenta o espaço nos fins de semana, proporciona muita interação da sociedade com a biblioteca pública e tem uma procura muito grande. É maravilhoso ver tantos jovens frequentando o espaço, estudando, lendo, pesquisando ao tempo em se que divertem”, revela a coordenadora da Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça, Waldineia Ribeiro.

É possível acompanhar as datas e programação das atividades do projeto RPG na Biblioteca pela página do evento nas redes sociais que pode ser acessada pelo link https://bit.ly/2DKmU9V e outras atividades do grupo, em Facebook/Tmcbj. Ah, ficou curioso para saber o que significa TMCBJ? Todo Mundo Cala a Boca e Joga! Trata-se de um coletivo de RPG em Cuiabá que tem como objetivos auxiliar entusiastas iniciantes e trazer sistemas diversificados e desconhecidos.

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Serviço

Tema: RPG na Biblioteca

Quando: Todo último sábado do mês

Horário: a partir das 9h

Quem pode participar: pessoas com idade a partir de 10 anos (entrada franca)

Local: Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça, que fica no Palácio da Instrução, Rua Antônio Maria Coelho, Centro de Cuiabá (MT). A biblioteca é aberta de segunda-feira a sábado, das 8h às 18h. 

Outras informações: (65) 3613-9235 ou (65) 98425-1443 (whatsApp – Imprensa)

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Destaque

Captações de córneas realizadas pela Politec em 2024 ajudam 300 pessoas a restaurar a visão

No ano de 2024, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ajudou 300 pessoas a voltar a enxergar, através de transplante de córneas realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da captação dos tecidos de vítimas de morte violenta encaminhadas à Diretoria Metropolitana de Medicina Legal (DMML).

O procedimento é realizado após o exame de necropsia em cadáveres que não possuíam doenças impeditivas pré-existentes, em até 12 horas após o óbito, mediante consentimento da família da vítima. Antes do transplante é feito o exame sorológico pela Secretaria Estadual de Saúde para a detecção de doenças infectocontagiosas que possam inviabilizar o procedimento.

A luz penetra no olho através da córnea, a camada clara e curva na frente da íris e da pupila. A córnea atua como camada protetora da parte frontal do olho e também ajuda a concentrar a luz sobre a retina, no fundo do olho.

A Diretoria Metropolitana de Medicina Legal é o maior centro de captação de córneas do Estado, onde 95% dos tecidos são aptos para o transplante. Conforme o coordenador técnico do Banco de Olhos de Mato Grosso, Alexandre Roque, a parceria diminuiu o tempo de espera para o transplante. Atualmente o paciente espera de uma a duas semanas para a realização do procedimento cirúrgico. No ano de 2024, 150 captações geraram 300 transplantes de córneas.

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“O banco de olhos de Mato Grosso é diferenciado do resto do país justamente pela colaboração da Politec. Nós aproveitamos 95% das córneas do IML enquanto outros Estados que coletam córneas em hospitais aproveitam 30% a 35%. Isso acontece, pois as vítimas encaminhadas à DMML são pessoas que gozavam de perfeita saúde e que morreram por alguma tragédia”, apontou o coordenador. Além da DMML, a captação também é feita no Serviço de Verificação de Óbito, gerido pela Secretaria Estadual de Saúde.

O procedimento de coleta é realizado desde o ano de 2007, sendo regulamentado via termo de cooperação firmado entre as Secretarias de Estado de Saúde e de Segurança Pública e o Banco de Olhos de Mato Grosso.

O transplante beneficia tratamentos de doenças como o ceratocone – que causa coceiras constantes nos olhos, o que modifica a curvatura da córnea causando elevados graus de miopia e astigmatismo que não é possível de serem corrigidas com óculos ou lentes de contato; degeneração corneana, que acomete principalmente a idosos, e ceratopatia bolhosa – uma doença ocular que envolve um edema em forma de bolha na córnea.

Os trâmites para a captação devem ser feitos através da Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, que após contato com a unidade de captação, aciona imediatamente o Banco de Olhos.

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Para que a doação seja efetivada, é preciso que a pessoa em vida manifeste o interesse para a sua família. Contudo, quem decide no momento da abordagem é o familiar, sendo ele de primeiro grau (pai, mãe, filhos, avós, esposas se forem casados em cartório).

Alexandre relata que até a realização da coleta existe uma corrida contra o tempo, do momento do óbito até a autorização para a retirada das córneas.

“Quando a família comparece à DMML para a liberação do corpo, uma psicóloga do Banco de Olhos realiza uma abordagem ao familiar e o acolhe em uma sala reservada onde é explicado sobre a possibilidade de doação das córneas da vítima”, afirmou.

O Estado de Mato Grosso é responsável por todo o procedimento, desde a abordagem, retirada das córneas, preparação, transplante e pós-operatório, realizado de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde.

O coordenador ressalta a importância do trabalho social realizado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio da Politec, possibilitando que milhares de pessoas voltem a enxergar. “O IML transforma a dor da perda do ente querido em alegria à população na forma de doação de córnea. É indescritível a emoção e gratidão de todos os familiares envolvidos, tanto dos que doaram quanto dos que receberam as córneas”, finalizou.

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