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Aprosoja Brasil dá posse para nova diretoria em Brasília

Fortalecimento Institucional

Aprosoja Brasil dá posse para nova diretoria em Brasília

Antonio Galvan é o vice-presidente desta nova diretoria da Aprosoja Brasil


Créditos: Aprosoja Brasil

08 de Maio de 2018

Tomará posse nesta terça-feira (8/5), às 20h, em Brasília, a diretoria eleita da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), principal associação representativa da sojicultora, para o biênio 2018/2020. Quem assumirá a presidência da entidade é o produtor rural Bartolomeu Braz Pereira, que atualmente é vice-presidente da Aprosoja Brasil. Ele substitui o produtor Marcos da Rosa, que comandou a entidade entre 2016 e 2018.
 
Presidente da Aprosoja Goiás e vice-presidente da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Bartolomeu Braz Pereira tem como principal desafio atuar para aumentar a rentabilidade no campo diante dos crescentes aumentos de custos de produção e redução das margens.
 
A soja se tornou o principal produto agrícola e o mais exportado pelo Brasil, somando US$ 30 bilhões em exportações do complexo soja. Nos últimos vinte anos, a produção de soja cresceu 336%, e as exportações aumentaram 1.025%. No entanto, os custos de produção cresceram 425% no mesmo período.
 
“Em parceria com a Frente Parlamentar da Agropecuária, vamos atuar para obter crédito e seguro em volume e custo compatíveis com as necessidades da produção, independente do tamanho dos produtores. E em tempos de aperto fiscal, precisaremos trabalhar junto ao Governo Federal para garantir a aplicação de recursos em obras prioritárias para o escoamento da nossa produção a custos menores”, afirma.
 
Segundo vice-presidentes da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o produtor rural Marcos da Rosa liderou a Aprosoja Brasil em um momento de crescimento institucional da associação. Durante o seu mandato, a principal entidade representativa dos sojicultores chegou aos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de ter reestruturado a entidade na Bahia, Rondônia e Roraima.
 
A nova diretoria da entidade será composta por produtores de soja, e de outras culturas, de todas as regiões do país. O vice-presidente imediato é Antônio Galvan, eleito em novembro passado presidente da Aprosoja Mato Grosso, principal estado produtor de grãos do Brasil.
 
A Aprosoja Brasil foi criada em 11 de março de 1990 e representa toda a área plantada de soja brasileira. A entidade está presente em 16 estados (RS, SC, PR, MS, MT, SP, MG, GO, TO, PI, BA, MA, AP, PA, RO e RO).
 

Fonte: Aprosoja Brasil


Assessoria Aprosoja Brasil

Contatos: Vinícius Tavares
55 61 3551.1640

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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