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Aprosoja Mato Grosso recebe apoio por posicionamento contrário ao tabelamento do frete

Fortalecimento Institucional

Aprosoja Mato Grosso recebe apoio por posicionamento contrário ao tabelamento do frete

Setor e sociedade podem sofrer prejuízos caso Medida Provisória seja aprovada


Rodrigo Moreira/Ascom Aprosoja

06/07/2018

O posicionamento da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) contrário à Medida Provisória (MP) 832, que estabelece preço mínimo para o frete rodoviário, tem recebido diversas manifestações de apoio. A MP foi aprovada na comissão mista na tarde de quarta-feira (04) e pode ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
 
O diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, reforçou a importância do presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, vir a público reiterar a contrariedade em relação à MP. Segundo Mendes, Galvan se colocou como um porta-voz da cadeia produtiva.
 
“Acredito que agora, juntos, nessa linha, conseguiremos sensibilizar o Supremo no julgamento que se avizinha”, afirmou em nota.
 
O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, também parabenizou o presidente da Aprosoja que chegou a declarar que, caso o tabelamento seja aprovado por meio da MP 832, o produtor também terá que cruzar os braços, pois a produção ficará inviabilizada. 
 
Para as entidades do setor, o tabelamento de frete trouxe danos irreparáveis para a comercialização da safra 2017/18. Hoje a Aprosoja possui mais de 5.300 associados e aponta que somente nesta safra foram produzidas 32,5 milhões de toneladas de soja e estimativa de 26,3 milhões de toneladas de milho. 
 
“Demos apoio à greve em maio, mas condicionado a reduzir custos operacionais, pois entendemos que seria benéfico tanto para nós produtores quanto para os motoristas. Quando percebemos, eles estavam em busca, única e exclusivamente, de resolver o problema deles: o tabelamento do frete, medida a qual sempre fomos contrários. É um absurdo o Governo intervir na iniciativa privada, querendo oferecer lucratividade a um setor de forma tão exagerada. Isso nós não podemos admitir”, afirma o presidente da Aprosoja.
 
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o tabelamento fará com que as famílias brasileiras percam seu poder de compra, já que, segundo levantamento da entidade, em 2018 o governo federal elevou o salário mínimo para R$ 954, um aumento de R$ 7, enquanto o tabelamento do frete deverá aumentar o custo da cesta básica de alimentos em mais de R$ 53,00.
 
“Temos uma safra pela frente, o problema agora não é mais do produtor e sim de toda sociedade, pois se tivermos uma redução da produção por consequência do tabelamento do frete, corremos o risco de colocarmos em cheque nossa segurança alimentar, e mais uma vez a população pagará a conta”, afirma Galvan.
 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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