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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

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No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

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Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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Agricultura

Sinop: Norte Show 2025 quer superar R$ 4 bilhões em negócios

Começa nesta segunda-feira (14.04) a Norte Show 2025, uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro, realizada no Parque de Exposições da Acrinorte, em Sinop (480km da capital, Cuiabá). O evento, que se estende até quinta-feira (17), reúne mais de 400 expositores e espera atrair mais de 70 mil visitantes ao longo dos quatro dias. A previsão é de que a feira movimente cerca de R$ 4 bilhões em negócios, consolidando-se como uma vitrine de inovação e oportunidades para o setor agropecuário.

A edição de 2024 da Norte Show já havia registrado um volume significativo de negócios, ultrapassando os R$ 4,1 bilhões, com a presença de aproximadamente 70 mil visitantes e mais de 350 expositores. Para 2025, a expectativa é superar esses números, impulsionada por uma safra mais favorável e pela ampliação da área do evento em mais de 10 mil metros quadrados para acomodar o crescente número de participantes.

A programação da feira inclui palestras magnas e técnicas, oficinas, demonstrações de produtos, leilões e exposição de maquinários e implementos agrícolas. Iniciativas como o Campus Norte Show, que conecta universitários ao mercado, e o Norte Show Kids, voltado para a educação infantil no agronegócio, também fazem parte do evento. Além disso, figuras renomadas do setor, como o ex-ministro Ricardo Salles, o empresário Luciano Hang e o deputado federal Nikolas Ferreira, participarão de debates sobre o futuro do agronegócio brasileiro.

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Serviço:

  • Evento: Norte Show 2025

  • Data: 14 a 17 de abril de 2025

  • Local: Parque de Exposições da Acrinorte, Sinop – MT

  • (66) 3520-4100 www.norteshow.com.br

Fonte: Pensar Agro

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