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Aprosoja-MT pede integração entre ministérios em prol do setor de produção de alimentos

Aprosoja-MT pede integração entre ministérios em prol do setor de produção de alimentos


Créditos: Ascom Aprosoja

03 de Janeiro de 2019

            A preocupação com a defesa sanitária vegetal e a necessidade de integração entre os ministérios, que possuem atribuições que impactam no setor de produção alimentos, foram apresentadas pela diretoria da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) à nova equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta quinta-feira, em Brasília, em duas importantes audiências.

            Logo pela manhã, o presidente da Associação, Antonio Galvan, se reuniu com o secretário de Defesa Vegetal, José Guilherme Tolstadium, para tratar da inclusão de novas tecnologias e biotecnologias no campo e o impacto para a defesa e qualidade dos grãos. De acordo com o presidente, há também uma preocupação do setor com a qualidade das sementes ofertadas no mercado atualmente e defendeu, junto ao Mapa, que seja ampliado o mínimo de germinação e que conste vigor nas sementes.

            “São assuntos que impactam na produtividade e viabilidade da nossa produção e precisam entrar na pauta do Mapa o quanto antes. Na audiência também já adiantamos ao secretário que iremos solicitar a revisão da Instrução Normativa 011, que estabelece os critérios de classificação de grãos”, disse o presidente.

            Acompanhado do diretor administrativo da Aprosoja-MT, Lucas Beber, do diretor-executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, e do consultor técnico da Aprosoja-MT, Wanderlei Dias Guerra, Galvan foi recebido pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no início da tarde. Na pauta, além de reforçar os temas abordados com o secretário de Defesa Vegetal, outros assuntos considerados urgentes foram discutidos.

            “Temos assuntos urgentes a serem definidos e pedimos à ministra que haja celeridade, e forte interlocução, junto ao presidente da República, especialmente no que diz respeito ao Funrural. Precisamos de uma solução e, enquanto não temos, que pelo menos seja prorrogado o prazo de adesão por meio de uma Medida Provisória. Além disso, temos questões técnicas, que ela como produtora se sensibiliza, como a calendarização do plantio de soja, que precisamos avançar”, afirmou o presidente da Aprosoja-MT.

            Grande gargalo da produção agropecuária brasileira, a infraestrutura e a logística também foram tratadas pela diretoria. Para o presidente, é necessário que os ministros das áreas afins se unam para que haja avanços.           Em dezembro, a Aprosoja e o Movimento Pró-Logística realizaram mais um Estradeiro, que percorreu de forma contínua 5 mil quilômetros, passando pelas BR’s 155/158, 163 e a Transamazônica (a BR-230), verificando in loco da situação das principais rotas de escoamento dos grãos de Mato Grosso.

            “São temas que se arrastam há anos e colocamos para a ministra que é preciso unificar o discurso e as ações. Em Mato Grosso, que mais uma vez teremos a maior safra de soja e na sequência de milho, é necessário a manutenção imediata de trechos da BR 163, além da conclusão de pavimentação em trechos da rodovia já no estado do Pará”, disse Galvan, lembrando que o tabelamento do frete também é uma pauta que deverá ser tratada com a mesma integração por diferentes ministérios.

 

 

 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

Contatos: Telefone: 65 3644-4215

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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