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Assembleia Legislativa articulou solução de conflitos entre governo e servidores

Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

Às vésperas do encerramento da 18ª Legislatura, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) vivenciou um episódio sem precedentes – a ocupação do plenário das deliberações por servidores públicos estaduais em mobilização de enfrentamento  em defesa de direitos.

Entretanto, se a ‘invasão’ do plenário foi por assim dizer um “acontecimento histórico”, a participação ativa dos parlamentares mato-grossenses na mediação do conflito entre funcionalismo e Poder Executivo tem sido desde sempre uma das principais ações institucionais da Casa de Leis. Não foi diferente na legislatura que termina hoje.

Em meados de 2016, a decisão do então governador Pedro Taques (PSDB) de não pagar a recomposição inflacionária constitucionalmente assegurada ao funcionalismo estadual – a chamada Revisão Geral Anual (RGA) – precipitou movimento grevista que durou mais de um mês e ocasionou a paralisação de alguns serviços essenciais à população mato-grossense. A situação só foi resolvida após a mediação da ALMT, à época sob a presidência do deputado Guilherme Maluf (PSDB).

Ao curso da legislatura, os parlamentares também realizaram importante trabalho com a elaboração de diversas leis com o objetivo de viabilizar o desenvolvimento econômico do Estado e melhorar a vida dos mato-grossenses.

RETROSPECTIVA

Os 24 deputados eleitos, em outubro de 2014, para a 18ª Legislatura tomaram posse no dia 1º de fevereiro de 2015. Para o primeiro biênio (2015/2016), os parlamentares elegeram os sete membros da Mesa Diretora. O deputado Guilherme Maluf (PSDB) foi eleito presidente da Casa, a Primeira Secretaria ficou sob a responsabilidade do deputado Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD). O presidente eleito para o 2º biênio foi o deputado Eduardo Botelho (DEM). Para o cargo de primeiro-secretário foi eleito Guilherme Maluf (PSDB).

Durante a 18ª Legislatura, o Parlamento analisou 63.609 proposições. No primeiro biênio, em plenário foram apresentadas 32.497 proposições. Já no 2º biênio, até o fechamento desta edição, os deputados já haviam debatido 31.112 proposições.

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Nesse período, foram discutidos e analisados 54 projetos de emendas constitucionais. O Parlamento analisou ainda 201 vetos e outros 2.192 projetos de lei. Só de indicações, os parlamentares apresentaram 6.120. De autoria do Executivo, de 2015 a 2018, foram apresentadas 161 mensagens.

Entre as proposta analisadas e votadas pelos parlamentares, no primeiro biênio da legislatura, está o Projeto de Lei Complementar 1/2015 que tratou da organização administrativa do Executivo.

Dos projetos de lei que fixaram o índice de correção da revisão geral anual do subsídio dos servidores públicos civis e militares, ativos, inativos e pensionistas do Executivo, o que gerou um debate mais acalorado entre os servidores, a equipe econômica do governo e os deputados foi o de 2016. Durante o debate, o projeto de lei 285/2016 recebeu três substitutivos integrais.

COMISSÕES TEMÁTICAS E AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Além das sessões realizadas em plenário, os deputados utilizaram da prerrogativa regimental de realizar audiências públicas tanto na capital como no interior do Estado. Durante a 18ª Legislatura, os deputados realizaram 172 audiências públicas. Desses encontros, os parlamentares aproveitaram para colher subsídios à formatação de proposições e ainda debater diversas propostas que estavam em tramitação no Parlamento.

Nesse período, o Parlamento estadual criou e instalou 21 Câmaras Setoriais Temáticas (CST). As CSTs são indicações dos parlamentares que as criam com objetivo de avaliar e propor medidas referentes às sugestões propostas pela sociedade civil organizada.

Os deputados que foram eleitos para a 18ª Legislatura pelas seguintes siglas: Mauro Savi (PR), Sebastião Rezende (PR), Baiano Filho (PMDB), Romoaldo Júnior (PMDB), Ondanir Bortolini, Nininho (PR), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Zeca Viana (PDT), Emanuel Pinheiro (PR),  Gilmar Fabris (PSD), Wagner Ramos (PR), Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Pedro Satélite (PSD), Janaína Riva (PSD), José Eduardo Botelho (PSB), Leonardo Ribeiro Albuquerque (PDT), Max Russi (PSB), Wilson Santos (PSDB), Oscar Bezerra (PSB), Wancley de Carvalho (PV), Pery Taborelli (PV), Zé Carlos do Pátio (SD), Saturnino Masson (PSDB) e Silvano Amaral (PMDB).

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Além dos 24 deputados titulares, treze suplentes tiveram a oportunidade de ocupar por algum tempo a cadeira no Parlamento: Jajah Neves (Patriota); Marcrean Santos (PRTB); Gilmar Fabris (PSD); Adriano Silva (DEM); Allan Kardec (PDT); Meraldo de Sá (PSD); Ademir Brunetto (PSB); Elizeu Nascimento (PSDC); Carlos Avallone (PSDB); Maria Isaura (PDT); Adalto de Freitas (PATRIOTA); Valdir Barranco (PT) e Altir Peruzzo (PT).

Dos 13, quatro foram efetivados no cargo. O deputado Allan Karde (PDT), por exemplo, ocupou a vaga de Emanuel Pinheiro (MDB), que foi eleito prefeito de Cuiabá em 2016. Valdir Barranco (PT) que assumiu a vaga do ex-deputado Pery Taborelli, que deixou o cargo por decisão judicial.

Outro efetivado no Parlamento foi o deputado Adalto de Freitas (Patriota). Ele entrou na vaga de José Carlos do Pátio (SD), que foi eleito prefeito de Rondonópolis – eleições de 2016. E ainda o deputado Gilmar Fabris (PSD) que entrou na vaga de Walter Rabello, morto antes da posse.

VOLTA AO COMEÇO

Feito o que aconteceu no ano de 2016, neste princípio de 2019 – agora nos últimos dias da legislatura prestes a encerrar – outra vez a Assembleia Legislativa desempenhou o imprescindível papel de interlocução entre os servidores públicos que defendem seus direitos e o governo que busca o equilíbrio fiscal do Estado.

Após duas semanas tensas, sob a liderança do presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho, os parlamentares conseguiram negociar a aprovação de emendas aos projetos de lei enviados pelo governador Mauro Mendes, de forma a garantir algumas das reivindicações do funcionalismo público.

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Pacientes renais poderão de ter rede de atendimento ampliada

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nesta terça-feira (10), o parecer favorável à proposta que amplia a rede de atendimento a pacientes renais crônicos no estado. O Projeto de Lei 1409/2024 acrescente dispositivos à Política Estadual de Atenção Integral à Saúde das Pessoas com Diagnóstico de Doença Renal Crônica, estabelecida pela Lei 10.302/2015.

A proposta apresentada pelo deputado estadual Dr. Eugênio (PSB) deverá agora passar por segunda votação em Plenário e, se aprovada, seguir para sanção do governador do Estado. O objetivo do projeto é garantir que os pacientes que precisam de atendimento contínuo, tenham acesso facilitado por meio da descentralização dos centros de tratamento.

“A política para os pacientes que têm insuficiência renal crônica é extremamente importante. Às vezes, com ações simples, a gente consegue melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Caso o projeto seja aprovado, será possível diminuir as distâncias percorridas para realização do tratamento. A proposta visa atender o povo do Mato Grosso, fazer a divisão de renda. Estamos num estado que produz tanto, que gera tanta riqueza, mas que muitas das vezes essa riqueza não chega até a ponta, até onde mais”, afirma o autor da proposta.

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Para o presidente da CCJR, deputado Júlio Campo (União), a alteração na Política vai reduzir o sofrimento das pessoas em tratamento, que muitas vezes viajam por horas para ter acesso à diálise. “Não tem como uma pessoa que precisa fazer duas, três diálises por semana, viajar 200, 300 quilômetros por dia. Eu mesmo, por meio de emendas parlamentares, destinei recursos para viabilizar a implantação da rede de tratamento em Juína”.

O deputado Diego Guimarães (Republicanos) também chamou a atenção para a importância da descentralização e disse que as emendas são uma ferramenta importante para garantir que os recursos cheguem em lugares onde, muitas vezes, o governo não consegue identificar a demanda. “A gente fica feliz em ver que os deputados estão alinhados para poder proporcionar saúde e qualidade de vida para aqueles que não são ouvidos pelo poder público estadual, já que a demanda é volumosa”, destacou Guimarães.

De acordo com o Plano de Prevenção e Tratamento à Pessoa com Doença Renal Crônica (DRC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em Mato Grosso, o estado possui 267.584 pacientes renais crônicos com mais de 20 anos e 12 estabelecimentos habilitados para a realização de hemodiálise, sendo quatro sob gestão estadual e oito sob gestão municipal.

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O PL 1409/2024 prevê a ampliação do acesso à atenção básica em saúde, com ênfase na prevenção, detecção e tratamento precoce da insuficiência renal crônica; a implementação dos programas de triagem e acompanhamento; promoção de ações de reabilitação e suporte multidisciplinar aos pacientes com insuficiência renal crônica em estágio avançado, entre outros.

Fonte: ALMT – MT

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