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Brasil bate recorde histórico e lidera exportações mundiais de algodão

O Brasil alcançou um marco histórico nas exportações de algodão em pluma e, pela primeira vez, ocupa a liderança no mercado mundial, com 30,5% de participação nos embarques globais do produto. O dado, que vem do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foi analisado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Esse desempenho coloca o Brasil à frente dos Estados Unidos, que por muitos anos foram os maiores exportadores do mundo. Agora, os norte-americanos aparecem com 25,8% de participação no comércio global do algodão.

De acordo com os pesquisadores do Cepea, esse avanço brasileiro está diretamente ligado a uma produção recorde. A safra 2024/25 colocou o Brasil como responsável por 14% da produção mundial de algodão em pluma. Esse crescimento significativo na oferta ajudou a impulsionar os embarques ao exterior.

Entre agosto de 2024 e abril de 2025, o Brasil exportou 2,35 milhões de toneladas do produto. Esse volume é apenas 12% menor que o total exportado em toda a temporada anterior, o que mostra a força do ritmo atual das vendas externas.

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A combinação de clima favorável, aumento de área plantada e maior investimento em tecnologia no campo tem dado resultado. O Brasil se consolida, cada vez mais, como um fornecedor confiável e competitivo de algodão para o mundo.

Para o produtor rural, esse cenário é animador: a demanda internacional está aquecida, e a posição de destaque no mercado global fortalece o setor, garantindo mais visibilidade, negociação e, possivelmente, melhores preços.

Fonte: Pensar Agro

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Safra de soja recorde em MT: Fatores climáticos associados à escolha de cultivares foram diferenciais para resultado

A Fundação MT ampliou ensaios de pesquisa em busca de informações ainda mais detalhadas e traz orientações

As condições climáticas foram o principal fator para o desempenho excepcional das lavouras na última safra de soja (24/25) e proporcionaram a Mato Grosso o alcance de um novo recorde de produtividade, com mais de 66 sacas por hectare, em média. Esta quantidade representa 14 sacas a mais, no comparativo com a média vista na safra anterior. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) e foram apresentados durante a 25ª edição do Encontro Técnico da Soja, realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), em Cuiabá.

“A relação principal dos bons resultados é com a precipitação e a temperatura”, explicou o consultor agronômico da Fundação MT, Élcio Bonfada. “Tivemos uma melhor distribuição e melhor volume de chuva durante a safra que passou. Aliado a isso, tivemos temperaturas mais amenas. Vale lembrar que na safra 23/24 foram várias ondas de calor, e isso teve um impacto direto sobre a cultura da soja”, completou.

Referência nacional em pesquisa agropecuária, a Fundação MT também oferece consultoria agronômica, apoiando os produtores na tomada de decisões estratégicas. “Nossos clientes, nesta safra, tiveram a maior produtividade histórica da fazenda, seja em área própria ou arrendada. Não estou comparando somente com a safra passada, estou falando da série histórica”, destacou Bonfada. “Analisamos o planejamento agrícola do cliente, as estratégias de manejo, a escolha de cultivares, a época de semeadura e todas as definições relacionadas ao uso de produtos químicos e biológicos com os melhores resultados a campo”, detalhou.

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Outro fator decisivo para a produtividade foi a escolha das cultivares. Para orientar os produtores na seleção, a Fundação MT ampliou expressivamente as amostragens de cultivo nas vitrines de cultivares. A pesquisadora em fitotecnia da Fundação MT, Daniela Dalla Costa, explicou que foram instaladas mais de 1.600 parcelas experimentais em seis áreas de pesquisa pelo estado, nos municípios de Sapezal, Nova Mutum, Itiquira, Sorriso, Primavera do Leste e Alta Floresta. Os ensaios têm o objetivo de responder a perguntas sobre a estabilidade e o desempenho das cultivares em diferentes ambientes

“Esse aumento de ensaios se deve justamente à preocupação que a Fundação tem em gerar resultados e entender melhor a adaptabilidade e estabilidade desses materiais. Assim, conseguimos avaliar diversas condições e ainda a sensibilidade a doenças e pragas, além do potencial produtivo de cada cultivar nas diferentes regiões de produção do estado”, afirmou a pesquisadora.

Desempenho regional

Durante o Encontro Técnico de Soja, os participantes tiveram acesso aos dados regionais das vitrines de cultivares 24/25. O destaque ficou para o experimento realizado no município de Sapezal, que registrou a cultivar com maior produtividade, com 93 sacas por hectare em um ensaio. “Foi um ambiente com uma quantidade de chuvas bem alta, inclusive acima do que estávamos acostumados teoricamente, e também houve o aproveitamento do potencial genético do material”, explicou a pesquisadora Daniela Dalla Costa.

Regiões do estado que voltaram a produzir soja, em áreas que eram destinadas somente para criação de gado ou para integração lavoura-pecuária, também foram alvo de estudos da Fundação MT. Entre elas estão o Vale do Guaporé (sudoeste), Vale do Araguaia (nordeste) e Alta Floresta (extremo-norte). “São ambientes de produção mais novos e que têm características de clima muito diferentes do que nós estamos acostumados no restante do estado”, informou Daniela Dalla Costa.

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No caso de Alta Floresta, por exemplo, a intensidade e a constância das chuvas, combinadas com baixa radiação solar, impõem desafios adicionais ao desenvolvimento das plantas. “Ao mesmo tempo em que há uma melhor distribuição de chuva ao longo da safra, também existe menor radiação solar. Com menos luz, há uma limitação na disponibilidade de energia para o crescimento vegetal”, explicou.

Expectativas para a safra 2025/26

A projeção para a próxima safra é otimista. Segundo Élcio Bonfada, os dados do Imea indicam que Mato Grosso deverá ultrapassar os 13 milhões de hectares plantados com soja na temporada 25/26. “Acredito que, num cenário de neutralidade climática ou até de retorno do La Niña, as condições serão novamente favoráveis. Se o clima colaborar como nesta safra, podemos repetir — ou até superar — os números de produtividade”, avaliou o consultor.

Quanto à escolha de cultivares para o próximo ciclo, a pesquisadora Daniela Dalla Costa faz algumas indicações aos agricultores. “Boa parte dos materiais de soja disponíveis no mercado são novos. Por isso é importante que o produtor busque informações de fontes confiáveis e ainda, observe resultados obtidos em mais de uma safra ou em repetições de ensaios. Também, sempre que possível, a indicação é de que a cultivar seja testada em alguma área da fazenda, nas condições existentes na própria lavoura”, orientou a pesquisadora.

Crédito: Divulgação/ Fundação Mato Grosso

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