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APROSOJA

Brasil é o país que paga mais caro por royalties da Monsanto, afirma Aprosoja

Fortalecimento Institucional

Brasil é o país que paga mais caro por royalties da Monsanto, afirma Aprosoja

Biotecnologia de forma geral também foi tema da associação durante convenção internacional de soja, no Paraguai


Divulgação

22/05/2018

O preço dos royalties pagos à Monsanto foi um dos principais temas levados pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) ao Soy Sur – III Convenção Internacional da Soja, que ocorreu na Cidade del Este, no Paraguai, entre os dias 15 e 17 de maio.
 
A Aprosoja compôs o painel “Aliança que alimenta o mundo”, da Aliança Internacional dos Produtores de Soja (ISGA, na sigla em inglês), e foi representada pelo vice-presidente, Fernando Cadore, e pelo diretor executivo, Wellington Andrade. A Isga hoje é composta por representantes dos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, Uruguai, Paraguai e Bolívia. 
 
“O painel começou com uma pequena introdução do secretário atual da Isga, Rodolfo Rossi, que também é representante da Associação da Cadeia de Soja Argentina. Depois, apresentamos sobre dois pontos primordiais: o status da nossa ação de anulação da patente Intacta, da Monsanto; e o preço da biotecnologia da Monsanto nos países da América do Sul. Mostramos que hoje o Brasil é o país que paga o maior valor desses royalties”, relembra o diretor executivo. 
 
A Aprosoja ingressou na Justiça Federal, em novembro de 2017, com uma ação de nulidade da patente de soja intacta da Monsanto (patente PI 0016460-7) por entender que o registro não cumpre os requisitos legais previstos na Lei de Propriedade Industrial. A associação entende que a patente deve ser declarada nula pelo Poder Judiciário. No início deste ano, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) reconheceu a nulidade patente. 
 
Após a apresentação de Andrade, o vice-presidente Fernando Cadore reiterou o posicionamento da associação. “Lembramos durante o evento que Aprosoja não apenas está questionando do ponto de vista judicial, mas também contestamos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) algumas práticas anticoncorrenciais da Monsanto. São dois pontos principais: não se cobrar por patente vencida de biotecnologia e também contestar a forma de cobrança na produção, que é a forma de cobrança na moega”, destacou.
 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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