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CEI da Câmara ouve ex-diretor da Santa Casa e avança nas apurações sobre crise financeira

CEI da Câmara ouve ex-diretor da Santa Casa e avança nas apurações sobre crise financeira. A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Rondonópolis ouviu, nesta terça-feira (1º), o médico Sinésio Gouveia Alvarenga, ex-presidente do Conselho Administrativo da Santa Casa de Misericórdia e membro da irmandade mantenedora. A oitiva faz parte das investigações que apuram a situação financeira do hospital filantrópico. De acordo com o presidente da CEI, vereador Ibrahim Zaher, o depoimento foi fundamental.

“O Dr. Sinésio teve uma participação por mais de seis anos e meio dentro da Santa Casa, como diretor executivo e é um membro da irmandade. Foi importante para a gente ver a transição que houve desde quando ele saiu para o momento em que houve a mudança do estatuto e a criação do conselho. Nós temos visto aqui, no interrogatório dos conselheiros, que muitas vezes eles não tinham conhecimento pleno daquilo que acontecia na Santa Casa e participação até de alguns contratos, de informações de contratos que foram primordiais para que a Santa Casa chegasse na situação que chegou até hoje,” disse Zaher.

O relator da CEI, vereador Vinícius Amoroso, destacou que a comissão tem avançado nas apurações. “A gente está sentindo que há um avanço, avanços consideráveis, algumas políticas já foram implantadas, inclusive a política de compliance, a transparência já foram implantadas, o modelo gestacional também já tem um novo formato. Então a gente acredita muito que já há avanços por conta da própria CEI. É claro que precisa se entregar um relatório, um relatório conclusivo, e é o que a gente está trabalhando para poder entregar.”, disse Amoroso.

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Durante sua fala, Sinésio explicou que as dificuldades financeiras da Santa Casa são antigas e estruturais. “Quando entrei na Santa Casa, em 2016, ela já tinha uma dívida bastante considerável e uma previsão de fechar o ano com déficit ainda maior”, relatou o médico.

Ele também comentou sobre os sistemas de gestão da instituição. “Essa mudança foi feita durante a minha gestão como diretor-presidente. O estatuto era de 2004 e não era mais adequado para o momento, então precisava atualizar, mudou muito o sistema de gestão, é preciso melhorar a qualidade da gestão do hospital, investindo em diretores especializados e por isso foi mudado o estatuto criando um conselho gestor com diretorias executivas e isso ficou para ser implantado após a minha saída,” explicou o ex-diretor presidente.

Durante seu depoimento, o Dr. Sinésio contextualizou a crise financeira da Santa Casa. “Isso é uma coisa que existe não só na Santa Casa de Rondonópolis, mas em todos os hospitais filantrópicos do país. Nós temos uma tabela SUS que é de 2003, que não prevê correção. Nós vivemos num país de altos índices de inflação. E os hospitais filantrópicos não recebem essa correção. Eu cheguei lá em 2016. Quando foi em 2017, o Poder Público Estadual pagava as UTIs num valor de em torno de R$ 1.500 por leito disponível. E em 2017, passaram a pagar R$ 1.300 e poucos por leito ocupado. Quando o certo para manter o mesmo valor que pagavam pelos leitos que tinham, teria que ter ido para R$ 1.900 e poucos,” explicou Alvarenga.

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Ele ainda atribuiu a crise financeira da Santa Casa principalmente ao financiamento. “O problema maior é de financiamento. A Santa Casa vende serviços para o poder público e ela não põe preço no serviço dela, ela não pode pôr preço, ela tem que vender para o preço que o comprador quer pagar. E ele paga como quer, não corrige valores e mantém esses valores indefinidamente. E não é possível que o hospital mantenha sem déficit,” concluiu o ex-diretor presidente.

Fonte: Câmara de Rondonópolis – MT

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Relatório Anual de Gestão (RAG) de 2024 é apresentado em audiência pública

No Plenário de Deliberações, a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) da Assembleia Legislativa realizou audiência pública para apresentação do Relatório Anual de Gestão (RAG), referente a 2024, na tarde desta quinta-feira (17). O secretário adjunto de Planejamento e Governo Digital de Mato Grosso, Sandro Brandão, conduziu a exposição dos principais pontos do documento de mais de 3600 páginas, um dos principais instrumentos de avaliação de programas, indicadores e ações previstos no Plano Plurianual (PPA).

Foram apresentados resultados da gestão do estado para o primeiro ano do PPA 2024-2027. A avaliação abrange mais de 40 programas, 270 indicadores e mais de 400 ações. A execução dos indicadores dos programas, a execução das metas das ações e a execução orçamentária são levados em conta para a análise. “É um retrato vivo do que foi entregue à população. O RAG nos permite olhar para trás com honestidade e olhar para frente com muita responsabilidade. Revela acertos e também aponta caminhos de aprimoramento”, traduz Sandro Brandão.

De acordo com a apresentação, 88% dos objetivos estratégicos foram alcançados e a execução financeira média foi de 83% do planejado. Todos os 15 objetivos estratégicos do poder executivo tiveram desempenho acima dos 70%. O melhor foi de 105% referente ao objetivo “Elevar a educação de Mato Grosso para uma das melhores do país, colocando o estudante como protagonista do sistema de educação; Elevar o grau de qualificação social e profissional de jovens e adultos” e menor índice foi de 71%, sobre o objetivo “Melhorar a conservação e preservação ambiental dos biomas mato-grossenses e dos recursos naturais; Promover a diversificação da produção sustentável, serviços ambientais e ecossistêmico”.

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Também foram expostas ações relevantes em diferentes áreas. Um dos destaques diz respeito à regularização fundiária pela entrega de mais de 23,6 mil títulos de propriedade em áreas urbanas, superando a meta de 6 mil e de mais de 830 títulos em áreas rurais, quando a meta era de 350. Na área da agricultura, foi ressaltado o status livre de febre aftosa do rebanho sem vacinação obtido com apoio do sistema de vigilância sanitária estadual. Ainda foi registrada na área da saúde tendência de recuperação nas taxas de vacinação da população em geral.

“São mais de 400 ações, mais de 600 produtos que foram entregues. Então, alguns que foram superados, outros que não foram alcançados. Mas o RAG não é para mostrar culpados, é para mostrar onde a gente pode melhorar, onde a gente conseguiu atingir, porque durante um ano você tem várias situações que podem mudar um planejamento”, resumiu Sandro Brandão.

Mais transparência – Durante a audiência, Brandão, adjunto da Secretaria de Planejamento e Gestão, anunciou o lançamento oficial do Portal de Avaliação de Políticas Públicas do Governo de Mato Grosso (Avalia gov.mt). Acesse aqui. Lá o cidadão encontra painéis, áudios resumindo o relatório e também um chat com uma inteligência artificial, que colhe de forma rápida informações solicitadas por qualquer pessoa que acesse a plataforma. No endereço também estão disponíveis a íntegra do Relatório Anual de Gestão e apresentação preparada para a audiência pública.

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A iniciativa foi elogiada pelo presidente da Comissão de Fiscalização, deputado Carlos Avallone (PSDB). “Eu fiquei agradavelmente surpreso. É mais um instrumento de transparência. Com a ajuda da inteligência artificial fica mais fácil. Agora com o cidadão pode fazer perguntas simples e ter respostas objetivas. Isso é muito importante. A população vai poder conhecer melhor os números do estado, as ações. Às vezes, o cidadão não participa das reuniões aqui porque ele tem dificuldade de fazer o entendimento. Às vezes, a linguagem que nós usamos é uma linguagem muito técnica, é uma linguagem de difícil acesso. E agora o governo do estado está se preparando em conjunto com a Assembleia para que as pessoas possam ter as informações de maneira mais simples, entender como o dinheiro público é gasto”, celebrou o parlamentar.

“A apresentação também foi muito satisfatória. Temos muito trabalho agora. São 3600 páginas de relatório, de informações. Nós precisamos apurar todas elas. Mas, de uma maneira geral, a gente acompanha o estado no dia a dia e a gente tem visto muitos avanços”, avaliou Carlos Avallone.

Fonte: ALMT – MT

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