Pesquisar
Close this search box.

Mato Grosso

Com decreto, meta de contenção atinge desde gastos com energia até cafezinho

Com o decreto de calamidade fnanceira, em vigor há seis dias no Estado, o Governo pretende economizar com despesas que vão do cafezinho ao consumo de energia elétrica e combustível. 

As cláusulas que tratam da redução dos gastos com serviços essenciais estão descritas no artigo 8° do documento e devem ser cumpridas por todas as secretarias e entidades administrativas do Poder Executivo.

A Secretaria de Estado de Gestão (Seges) e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) têm até o início de fevereiro para definir as metas de economia. Entram na lista serviços como telefonia, energia elétrica, água, limpeza, locação de veículos e imóveis, entre outros.

Além disso, as unidades orçamentárias de cada pasta deverão rever todos os contratos vigentes, visando a otimização dos custos, porém respeitando sua realidade de atuação. 

Conforme o texto do decreto, o Grupo de Apoio Técnico de Renegociação de Contratos, composto por servidores nomeados pelo Governo, vai acompanhar todos os trabalhos.

Ainda segundo o documento, os titulares das unidades que não atingirem as metas de economia definidas podem ter programas finalísticos cortados para que o Governo atinja a meta estipulada nos atos complementares da Seges e Sefaz.

Em algumas secretarias, os estudos para diminuição de despesas já tiveram início. A Secretaria de Estado da Fazenda é uma delas. A meta de redução da pasta está estipulada em 20% dos desembolsos com serviços essenciais, incluindo itens como telefonia, energia elétrica, contrato de aluguel de carro, mão de obra terceirizada, chegando ao cafezinho. 

Leia Também:  SES alerta população sobre importância da prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti

O secretário Adjunto de Administração da Sefaz, Kleber Geraldino Ramos dos Santos, explica que a instituição será rigorosa no cumprimento do decreto. 

“Estamos revendo valores de todos os contratos e traçando um comparativo com preços de mercado para poder renegociar”, informou.

Segundo ele, de forma geral os contratos serão enviados para avaliação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Condes) com o corte de 20%. “Se houver algum com corte menor de percentual, tem que ser justificado”.

Santos acrescenta também que campanhas simples como “adote uma caneca” fazem toda diferença no cômputo final. “Estamos avaliando em incentivar o servidor a ter sua própria caneca ou copo e deixar os descartáveis apenas para o contribuinte”, ponderou ele, dizendo que é possível economizar até nas compras de produtos, entre eles, o tradicional café.

“Nossa meta está em evitar desperdício. Vamos, por exemplo, reduzir o volume do cafezinho na garrafa. É uma forma que dá resultado”.

O secretário conta ainda que está estudando formas alternativas para diminuir o consumo de energia elétrica, como o uso do método de energia solar. No caso da telefonia, os contratos serão revistos e não está descartado até mesmo a mudança de operadora que atenda melhor à pasta. “Teremos um controle maior na telefonia, principalmente nas ligações para celular”, frisou ele.

Leia Também:  MT Hemocentro divulga calendário de coletas de sangue para o mês de janeiro

Gestão de pessoas

O mesmo estilo de atuação será adotado também na gestão de pessoas, incluindo o fluxo de férias e a cedência a outros órgãos. “Estamos levantando todos os servidores cedidos. Aquele que gerar ônus para o Estado chamaremos de volta”.

Quanto às férias, a ideia é evitar a substituição desnecessária de servidor. Conforme o Secretário Kleber Santos, muitas vezes a pessoa que substitui acaba não cumprindo com todos os serviços previstos. 

“Isso não quer dizer que o servidor é ruim. Muitas vezes nem houve tempo hábil de treiná-lo. Então, não compensa ao Estado pagar mais para essa pessoa ficar no lugar da outra”, avaliou ele, afirmando que tudo isso é um trabalho árduo, mas necessário para tirar o Estado da crise.

Comentários Facebook

AGRONEGÓCIO

Puxada pela soja, produção de grãos em MT deve aumentar 4,4% na safra 2024/2025, estima Conab

A produção de grãos em Mato Grosso deve crescer 4,4% e atingir 97,3 milhões de toneladas na safra 2024/2025, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (14.01).

O 3º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, também aponta para números similares da produção de grãos mato-grossenses. Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,4%, seguido pelo Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (11,8%), Goiás (11,0%), Mato Grosso do Sul (6,7%) e Minas Gerais (5,7%).

De acordo com o levantamento da Conab, o bom desempenho acompanha o clima favorável registrado durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra como a soja, carro-chefe da produção brasileira e mato-grossense.

Em Mato Grosso, a produção da oleaginosa deve ser 17,3% maior do que na safra 2023/2024, com 46,1 milhões de toneladas. Após um ano de quebra na safra, o atual ciclo tende a recuperar a produtividade média das lavouras, estimada em 14% maior. O sojicultor deve colher 3.625 quilos de soja por hectare. No período passado, foi de 3.179 quilos por hectare.

Leia Também:  MT Hemocentro divulga calendário de coletas de sangue para o mês de janeiro

O arroz e o feijão, a mais importante dupla no prato dos brasileiros, também terão aumento na produção mato-grossense. No caso do feijão, a produção deve ficar 4,3% maior e atingir a marca de 346,5 mil toneladas. Já o arroz teve aumento da área plantada de 17,8%, ou seja, 113 mil hectares. A produção deve chegar a 400,9 mil toneladas, um aumento de 18,8%, em comparação à safra passada.

“Os incrementos nas projeções para o arroz e feijão sinalizam para o maior interesse dos produtores rurais em culturas secundárias e irrigadas e na diversificação da produção estadual. A soja teve uma recuperação expressiva na produtividade mesmo com os problemas climáticos e o atraso nas chuvas”, comentou o coordenador do Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Hideki.

Responsável por 71% da produção brasileira de algodão, Mato Grosso deve ter um leve recuo de 1,2% na colheita com projeção de 6,3 milhões de toneladas, enquanto a safra brasileira prevista é de 8,9 milhões de toneladas.

A produção de milho deve ter recuo de 5,54%, pois o grão é uma opção de segunda safra para a maioria dos produtores. Das 46 milhões de toneladas previstas da produção mato-grossense, apenas 603,6 mil toneladas são de primeira safra. A produtividade de milho por hectare também deve ter redução de 4,7%, com a colheita de 6.590 quilos/ha.

Leia Também:  Menino de 8 anos morre afogado em piscina de plástico

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o resultado da safra de grãos se deve também à competência dos produtores rurais, que continuam investindo em tecnologia e inovação para alcançar resultados expressivos, mesmo em um cenário de desafios climáticos.

“Esse avanço é resultado direto do compromisso dos produtores mato-grossenses, que estão cada vez mais atentos à modernização das práticas agrícolas e ao uso responsável dos recursos naturais. É nesse sentido que o Governo de Mato Grosso tem trabalhado incansavelmente para fomentar a produção sustentável, incentivando o uso da irrigação como estratégia para mitigar os efeitos da irregularidade das chuvas e garantir maior segurança hídrica e alimentar”, destacou o secretário.

Comentários Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA