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APROSOJA

Comunicado: Funrural

Política Agrícola

Comunicado: Funrural

Confira recomendação da Aprosoja sobre fundo


Ascom Aprosoja

18/04/2018

No dia 11 de abril, em assembleia geral, a Aprosoja definiu, por unanimidade, orientar os produtores rurais a não aderir ao Refis do Funrural. O motivo para a tomada dessa decisão é que em 2010, reiterado em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a criação deste fundo. Entretanto, anos depois, em março de 2017 mais precisamente, o STF voltou a analisar a questão e, para a nossa surpresa e indignação declarou constitucional o fundo, e foi além, submeteu a decisão ao filtro de repercussão geral, o que cancelou os efeitos das decisões anteriores e criou insegurança jurídica aos produtores, além de um passivo inadmissível para o setor.
 
Desde então a Aprosoja, e demais entidades que representam os produtores rurais pelo país, tem feito pressão para que essa distorção criada pelo Judiciário seja revertida. A primeira delas culminou na queda dos vetos presidenciais, que entre outras coisas extinguiu as multas e emolumentos do passivo que pode vir a integrar o Refis.
 
A segunda linha de ação se dá com um recurso de embargos de declaração que requer junto ao STF a modulação da decisão, ou seja, que a constitucionalidade do fundo não tenha efeitos retroativos anteriores a março de 2017.
 
A terceira linha de ação é por meio de um Projeto de Lei do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que propõe a remissão do passivo anterior a março de 2017. A Aprosoja apoia este projeto e dá força política em todos os fóruns relevantes que participa. 
 
E por último, mas não menos importante, a Aprosoja tem buscado, em conjunto com outras entidades, o adiamento do prazo para a adesão ao Refis, pelo menos até que o recurso de embargos de declaração, requerendo a modulação da decisão, seja julgado pelo STF.
 
É evidente que a situação é complexa e a Aprosoja entende que, apesar da assembleia geral ser soberana em relação ao posicionamento da entidade, o produtor também é soberano e independente para tomar sua decisão da porteira para dentro. 
 
Produtor, avalie com o seu contador e/ou advogado, e caso entenda que deva aderir ao Refis, faça suas contas e fique atento ao prazo. 
 
Continuamos na luta!
 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

Contatos: Telefone: 65 3644-4215

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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