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Corpo de Bombeiros intensifica operações de resgate devido às fortes chuvas em MT

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) tem intensificado suas operações de resgate em resposta às fortes chuvas que vêm atingindo o estado. Com o aumento das precipitações, várias áreas enfrentam alagamentos e inundações, que têm ocasionado o isolamento de muitas pessoas em locais de difícil acesso.

As equipes militares estão mobilizadas para atender a essas ocorrências, realizando resgates de vítimas, tanto pessoas quanto animais, que ficaram ilhadas. Além disso, quando as condições permitem, também são recuperados bens materiais das famílias afetadas.

Somente na sexta-feira (17.1), as operações ocorreram nos municípios de Confresa (a 1.160 km de Cuiabá) e Paranatinga (a 384,5 km de Cuiabá), regiões onde as chuvas têm sido mais intensas. Pelo menos sete pessoas, incluindo três crianças, foram resgatadas de suas residências devido ao risco iminente das inundações.

Legenda: Vítima resgatada em Paranatinga

De acordo com o comandante-geral do CBMMT, coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, todos os recursos necessários estão mobilizados para garantir a segurança da população. As equipes tem se utilizado de embarcações e equipamentos especializados para garantir a segurança nos resgates, sempre priorizando a integridade das vítimas e dos próprios militares.

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“Nossa prioridade é o resgate rápido e eficiente, especialmente em áreas que exigem maior logística de transporte. Estamos preparados para enfrentar esse momento crítico, com apoio das equipes locais e reforço de outras unidades do estado”, afirmou.

Resgates

Em Confresa, o 2º Núcleo Bombeiro Militar (2º NBM) foi acionado para resgatar uma família isolada em uma propriedade rural, situada às margens de um riacho na encosta de um morro, no assentamento Independente 1. O transbordamento do riacho inundou a região, submergindo a ponte de acesso à propriedade com mais de 2 metros de água, o que impediu a saída da família.

Para realizar o resgate, os bombeiros militares organizaram uma operação desafiadora. Com a estrada intransitável para viaturas, foi necessário utilizar uma embarcação para alcançar um ponto de acesso alternativo. A partir daí, os militares prosseguiram a pé por uma outra estrada até encontrarem uma ponte caída. Diante do obstáculo, atravessaram o curso d’água a nado para, finalmente, chegar a propriedade.

 

Legenda: Família resgatada em Confresa

No local, os bombeiros encontraram dois idosos e três crianças. Um dos adultos informou que a família saiu às pressas, preocupada com o aumento do nível da água, retirando o que conseguiu e se abrigando em uma encosta alta, onde foram localizados pelos militares.

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Após o resgate, as vítimas e seus pertences foram levados em segurança para a casa de familiares.

Já em Paranatinga, os bombeiros militares da 6ª Companhia Independente Bombeiro Militar (6ª CIBM) realizaram o resgate de quatro vítimas, incluindo uma pessoa acompanhada de seu cão. Uma das vítimas teve sua casa completamente submersa pelas águas.

“As operações no município de Paranatinga seguem em andamento, assim como em outros pontos críticos em Mato Grosso. Como a previsão de chuvas continua, o CBMMT segue realizando a vigilância de áreas suscetíveis a alagamentos em várias regiões. Além dos bombeiros militares, a Defesa Civil do estado está em alerta, monitorando as condições climáticas e oferecendo suporte às operações de resgate.

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Filha questiona laudo de insanidade de assassino da mãe em Lucas do Rio Verde

A biomédica Caroline Fernandes, 24, questionou, com indignação, o laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT) apontar que o engenheiro-agrônomo Daniel Bennemann Frasson, pode ser considerado inimputável em razão de um suposto quadro depressivo. Ele é acusado de assassinar a mãe da Caroline, Gleici Keli Geraldo de Souza, 42, a facadas.

 

Caroline, que hoje cuida da irmã mais nova, divulgou uma série de textos questionando diretamente as conclusões do exame psicológico e pedindo que a Justiça não permita que o acusado se esconda atrás de uma condição psiquiátrica. “Como alguém que se formou, que trabalhava, que já teve carteira assinada, que tem um CNPJ (ou tinha até então), que já tirou passaporte, que dirigia, que fazia todas as atividades rotineiras possíveis, pode ser dito como ‘mentalmente insano’?”, escreveu.

Ela ironiza justificativas apresentadas pela defesa: “‘Estava com depressão’, ‘tomava remédios’, ‘surto psicótico’, ‘aplicou Ozempic’ (essa é ótima). Às vezes parece uma piada de muito mau gosto”, prosseguiu.

 

A biomédica cita uma série de comportamentos do padrasto que, segundo ela, demonstram plena lucidez antes do crime.

“Engraçado que quando ia fazer churrasco, beber, fazer festa, ou discutir com a minha mãe por qualquer coisinha, estava em plenas faculdades mentais. Quando ele fazia planilhas no computador sobre tudo o que ela ‘gastava’ para depois cobrá-la, ele era são. Quando estragava datas comemorativas importantes para ela, estava lúcido”, prosseguiu.

 

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Caroline ainda relata episódios que, segundo ela, demonstram manipulação emocional. “Quando se afastava dela emocionalmente quando algo legal acontecia, ao invés de comemorar junto, não era ‘doente’. Quando a culpa de tudo era da minha mãe ou de qualquer outra pessoa, menos dele”, pontuou.

Em outro trecho, Caroline rebate a tese de incapacidade de entendimento no momento do crime. “Maldade, crueldade, egoísmo, inveja. Não são doenças. São escolhas”, aponta.

 

Ela questiona como alguém supostamente incapaz de compreender seus atos teria tido comportamentos racionais logo após o ataque. “Como alguém ‘incapaz de compreender o que estava fazendo’, abraça a própria filha pedindo desculpas por ter assassinado a mãe dela… e a apunhala com 4 facadas nas costas, deita ela e dá mais 4 no peito? Como alguém em surto manda mensagem para o irmão contando o que fez? Conversa no telefone? Silêncio em depoimento não é surto. É autodefesa”, disse.

Caroline reforça que não banaliza transtornos mentais:“Usá-los como saída para justificar um crime tão cruel é, no mínimo, um insulto”.

Irmã sobreviveu

O crime ocorreu em junho deste ano, em Lucas do Rio Verde, e chocou o estado: Gleici dormia ao lado da filha de 7 anos quando foi atacada com 16 facadas, e a menina também foi ferida.

 

A jovem descreve o impacto profundo do crime na vida da irmã sobrevivente. “Minha irmã tem medo de dormir sozinha, medo de dormir primeiro que eu, medo de acordar depois de mim. Me pede para guardar os talheres antes de dormir.
Precisa de acompanhamento psicológico, psiquiátrico, cardiológico, neurológico, nefrológico… Toma medicação controlada.
Passou 22 dias na UTI, precisou reaprender a comer e a andar.”

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Caroline encerra afirmando que a luta continuará. “Eu ainda não perdi a fé. Não perdi a esperança na Justiça.
O mínimo que minha mãe merece é que o assassino pague pelo que fez. O mínimo que minha irmã merece é estar segura… saber que existiu justiça para ela e nossa mãe.Isso não acabou”, finaliza.

Laudo

Gleici Keli Geraldo de Souza foi morta enquanto dormia, no dia 24 de junho, com 16 facadas. A filha de 7 anos também foi atingida, sobreviveu após dias na UTI e hoje vive com Caroline. Após o ataque, Daniel tentou tirar a própria vida, foi socorrido e depois transferido para o Centro de Ressocialização de Sorriso, onde permanece.

O laudo da Politec concluiu que Daniel Bennemann Frasson pode ser inimputável, ou seja, que no momento do crime ele não teria plena capacidade de entender o caráter ilícito do ato. O engenheiro segue preso preventivamente, recebendo medicação na unidade prisional.

Com o documento pericial finalizado, o processo volta a tramitar. A Justiça iniciará a fase de instrução, com oitiva de testemunhas e do próprio acusado. Ao final, será definido se o réu será levado ao Tribunal do Júri ou submetido a medida de segurança, caso prevaleça o entendimento de inimputabilidade.

A defesa havia solicitado o incidente de insanidade mental alegando “perda de realidade, depressão e sintomas de síndrome do pânico”.

Fonte: GazetaDigital

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