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AGRONEGÓCIO

Em 2025 exportações de carne bovina crescem em função da alta demanda global

China segue como principal destino, enquanto Japão e Coreia do Sul aparecem como oportunidades estratégicas para o setor

Mato Grosso, maior produtor e exportador de carne bovina do Brasil, projeta um cenário positivo para as exportações em 2025. A combinação de alta qualidade do produto, investimentos em tecnologia e abertura de novos mercados internacionais deve consolidar o Estado como protagonista global no agronegócio.

As exportações de carne bovina de Mato Grosso devem seguir em crescimento em 2025, impulsionadas por novos mercados, logística eficiente e alta qualidade do produto. Com a China mantendo a liderança e a expectativa de entrada nos mercados do Japão e da Coreia do Sul, o Estado reafirma seu protagonismo no cenário global e fortalece a economia regional.

Para 2025, as expectativas são de novos avanços com a possível abertura dos mercados japonês e sul-coreano. Ambos os países são conhecidos por suas exigências de qualidade e alto valor agregado. “Estamos otimistas com as negociações em andamento. Esses mercados representam grandes oportunidades para cortes especiais, e Mato Grosso possui capacidade e tecnologia para atender essa demanda”, afirmou Bruno de Jesus Andrade, diretor Técnico-Operacional do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac).

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Bruno lembra que o Porto de Santos é o grande canal de saída da carne mato-grossense, responsável por 50,58% do volume exportado. “Em seguida, vem o Porto de Paranaguá, com 32,67%. Essa infraestrutura estratégica é fundamental para manter o estado no topo da cadeia produtiva de carne bovina”, destaca.

Além disso, o acordo entre Mercosul e União Europeia deve trazer benefícios ao setor. A cota Hilton, que atualmente possui tarifas de 20%, terá redução gradual até zerar nos próximos anos, facilitando a exportação de cortes nobres. O valor agregado desse mercado é significativo, com a tonelada exportada para a Europa atingindo cerca de US$ 7 mil, muito acima dos valores negociados com a China, que giram em torno de US$ 4 mil.

Com o maior rebanho bovino do país e um potencial de produção ainda elevado, Mato Grosso aposta na intensificação da pecuária em áreas já abertas. “O Estado possui cerca de 7 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem ser recuperadas com tecnologia e manejo adequado, aumentando a oferta de carne sem a necessidade de abrir novas áreas”, destacou Bruno Andrade.

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Balanço – Em 2024, o Estado exportou 630 mil toneladas de carne bovina, movimentando mais de 2 bilhões de dólares. A China, principal compradora, foi responsável por 284 mil toneladas, quase metade do volume total exportado. Outros mercados importantes, como Emirados Árabes Unidos, Egito e Turquia, também registraram crescimento expressivo neste ano que se encerrou. Os Emirados, por exemplo, ampliaram sua fatia de mercado de 4% para 10%, evidenciando a diversificação dos destinos da carne mato-grossense.

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AGRONEGÓCIO

Abiove diz que produção e exportações devem alcançar novos recordes em 2025

O Brasil continua consolidando sua liderança mundial na produção de soja. Para 2025, as estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) apontam para uma safra recorde de 171,7 milhões de toneladas, impulsionada por investimentos no agronegócio e por condições climáticas favoráveis.

Além da colheita excepcional, o esmagamento da oleaginosa deve alcançar 57,1 milhões de toneladas, o que também promete refletir no aumento da produção de farelo e óleo de soja, previstos para 44,1 milhões e 11,4 milhões de toneladas, respectivamente.

As exportações brasileiras de soja em grão devem atingir 106,1 milhões de toneladas até o final de 2025, um volume histórico que reafirma o país como principal fornecedor global do produto. No segmento de farelo, as exportações devem chegar a 22,9 milhões de toneladas, enquanto o óleo de soja deverá registrar embarques de 1,05 milhão de toneladas.

Os números robustos acompanham o desempenho positivo de 2024, quando as exportações de soja alcançaram 98,8 milhões de toneladas, e o farelo e o óleo de soja registraram embarques de 23,1 milhões e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente.

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Os dados consolidados até novembro de 2024 mostram que o setor da soja já vinha em ritmo de crescimento. A produção no ciclo anterior foi de 153,5 milhões de toneladas, marcando um leve aumento de 0,1% em relação ao ano anterior.

O esmagamento alcançou 55 milhões de toneladas, um crescimento de 0,9%, enquanto o farelo de soja apresentou uma alta de 1,9%, atingindo 42,5 milhões de toneladas. Já a produção de óleo de soja subiu 0,5%, alcançando 11,05 milhões de toneladas.

Mesmo com desafios pontuais, como o recuo de 6,8% no processamento em novembro de 2024 em relação a outubro, o setor fechou o ano com um aumento acumulado de 1,8% no processamento total, refletindo a resiliência e capacidade de adaptação dos produtores.

Para atender ao mercado interno, que segue em expansão, o Brasil também recorre a importações pontuais. Em 2024, foram importadas 822 mil toneladas de soja. Em 2025, a expectativa é de que as importações somem 500 mil toneladas para complementar a oferta doméstica. No caso do óleo de soja, as compras externas devem alcançar 200 mil toneladas.

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Os resultados projetados pela Abiove demonstram o protagonismo do agronegócio brasileiro, especialmente no setor de soja, que tem sido um dos pilares do crescimento econômico do país. Com a ampliação da produção e das exportações, o Brasil segue atendendo à crescente demanda global por alimentos, rações e biocombustíveis.

A sustentabilidade e a eficiência logística, pilares fundamentais para o setor, continuam sendo reforçadas com investimentos em tecnologia e infraestrutura. O desempenho do agronegócio é uma prova de que o Brasil, além de abastecer o mundo, fortalece sua economia e promove o desenvolvimento de suas regiões produtivas.

Fonte: Pensar Agro

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