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Estradeiro da Aprosoja na BR-174 avalia trechos em péssimos estado

Logística

Estradeiro da Aprosoja na BR-174 avalia trechos em péssimos estado

Equipe da associação percorreu cerca de 2.400 quilômetros em Mato Grosso e Rondônia


Ascom Aprosoja

24/04/2018

As condições de trafegabilidade da BR-174 foram consideradas “péssimas” em grande parte dos trechos, se comparadas ao mesmo período do ano passado, pelas equipes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e do Movimento Pró-Logística, durante o primeiro Estradeiro de 2018, realizado entre os dias 16 e 20 de abril. 
 
No total, o grupo percorreu cerca de 2.400 quilômetros, começando em Cuiabá e passando por Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Comodoro, Vilhena (RO), Juruena, Aripuanã, Colniza e Brasnorte. Nos municípios de Tangará, Vilhena, Aripuanã e Colniza foram realizados simpósios, que é quando a Aprosoja e o Movimento Pró-Logística fazem apresentações da situação das rodovias estaduais e federais e também ouvem as demandas dos produtores rurais das regiões.
 
“As estradas estão em péssimas condições. O pessoal tem feito o que pode, mas vimos poucos maquinários dando manutenção na estrada. Alguns trechos estão bem ruins mesmo. Muitos disseram que o problema deste ano foi o excesso de chuva, mas a situação da BR-174 não está nada boa”, avalia o coordenador da Comissão de Logística da Aprosoja, Diogo Rutilli. 
 
De acordo com o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, não apenas os trechos federais preocupam. “De Cuiabá para Tangará nós observamos que a MT-256 merece mais atenção do Governo do Estado. Entre Tangará e Itamaraty do Norte, percebemos que a empresa que havia retirado o pavimento não o recolocou e, com isso, muitos buracos foram formados. De Vilhena a Juína, já na BR-174, são 233 quilômetros e este trecho é 100% não pavimentado. Houve uma piora significativa, com erosões preocupantes. A rodovia precisa ser foco urgentemente”. 
 
Ainda, segundo Ferreira, em 2013, eram gastas seis horas e meia nestes 233 quilômetros. No ano seguinte, após o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) ter contratado a manutenção e encascalhamento, foram gastas duas horas e meia. Neste ano, a equipe do Estradeiro levou quatro horas e meia para atravessá-lo. “Esse trecho precisa de uma atenção muito grande. Isso está limitando o tráfego de caminhões”, completa. 
 
Outros problemas identificados durante o Estradeiro foram nos trechos entre Juína e Castanheira (40 quilômetros), Castanheira a Juruena (102 quilômetros) e Juruena a Tutilândia (65 quilômetros). “Neste primeiro (MT-170) urge a transferência para o Governo Federal, já que a situação está pior que a do ano passado. No segundo, há vários defeitos na rodovia que merecem atenção. O terceiro, por sua vez, demonstrou estar ainda pior em relação aos dois anteriores”, alerta o diretor. 
 
Audiência pública – Além da realização de simpósios, a equipe do Estradeiro esteve presente em uma audiência pública, em Juruena, que tratou exatamente de logística. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar do Noroeste (FPN), que agrega prefeitos e câmaras municipais de Juína, Colniza, Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Cotriguaçu e Juruena. 
 
“Eventos como esse são fundamentais e ficamos felizes em termos participado. Lamentamos a situação dessas rodovias porque o que se pode perceber é que as terras têm teor de argila alto, são terras férteis, e a logística bem aplicada com certeza traria um avanço imenso em termos de produtividade, produção e rentabilidade para os produtores locais. Por tabela, as arrecadações do próprio Estado e dos municípios aumentariam. Esperamos que em um futuro breve essas realidades sejam diferentes”, afirma Diogo Rutilli.
 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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