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APROSOJA

Estradeiro da BR-163 verifica péssimas condições de trafegabilidade

Logística

Estradeiro da BR-163 verifica péssimas condições de trafegabilidade

Equipe da Aprosoja esteve na rodovia no trecho entre Cuiabá e Miritituba


Julian Pereira

01/06/2018

Equipe da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) esteve entre os dias 21 e 24 de maio na BR-163 realizando o Estradeiro, projeto que verifica a situação das principais rodovias de escoamento de grãos do país. O grupo focou no trecho de Sinop (MT) até Miritituba, distrito paraense ligado ao município de Itaituba, principal ponto de escoamento hidroviário de grãos de Mato Grosso.

De acordo com o coordenador de Logística da Aprosoja, Diogo Rutilli, a situação é preocupante. “Vimos alguns absurdos sendo cometidos, como uma operação tapa-buracos feita apenas com terra, sem uso apropriado da tecnologia. Em uma região onde o fluxo é de 600 caminhões por dia, e pode chegar até o dobro no pico de escoamento, é inadmissível que as construtoras façam esse tipo de manutenção”, destaca.

Outros 14 quilômetros, na divisa entre Mato Grosso e Pará, também não estão em boas condições. “Nesse trecho pavimentado as condições estão bem ruins comparada ao ano passado. Nós paramos, conversamos com a empresa, que nos prometeu resolver ainda esse ano e disse ter um plano de ação. Outro trecho pavimentado que está com péssimas condições, de cerca de 146 quilômetros, é o de Castelo dos Sonhos a Novo Progresso. No local, as empresas deveriam, supostamente, estar fazendo a manutenção da pavimentação. Isso não está acontecendo”, afirma o analista de Logística da Aprosoja, Julian Pereira.

Outro ponto preocupante, verificado pela equipe em trechos paraenses, é de obras realizadas nos últimos anos que já estão com problemas. “São trechos que com poucos anos de uso já está com a pavimentação comprometida. É válido lembrar que mesmo sendo mil quilômetros mais próximos do que a saída por Paranaguá, hoje, mandar a produção pelo Arco Norte custa cerca de R$ 12,00 a mais por tonelada do que mandar por Paranaguá ou até mesmo Santos”, completa Rutilli.

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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