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EXPORT/CEPEA: Agronegócio brasileiro segue expandindo as vendas externas

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Cepea, 05/06/2018 – Mesmo diante das turbulências enfrentadas no âmbito das relações comerciais internacionais neste início de ano, o agronegócio brasileiro continuou expandindo suas vendas externas, segundo indicam pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

 

O bom resultado em volume no primeiro quadrimestre esteve atrelado à elevação dos embarques da maioria dos produtos do agronegócio, com destaque para milho, cuja quantidade exportada mais que dobrou entre o primeiro quadrimestre de 2017 e o mesmo período de 2018. Os principais destinos do milho brasileiro foram Irã, Egito, Espanha e Malásia. Outros produtos do agronegócio que tiveram destaque no volume exportado foram algodão, suco de laranja, farelo de soja, carne bovina, frutas e óleo de soja. Os valores médios em dólar caíram um pouco, mas alguns produtos conseguiram preços mais altos, como os florestais, as frutas, o suco de laranja, algodão, farelo e soja em grão.

 

No agregado, de janeiro a abril de 2018 frente ao mesmo período de 2017, os embarques dos produtos do agronegócio cresceram quase 6%. Já os preços em dólar caíram 6% na mesma comparação, mas mostraram maior sustentação em abril. Pesquisadores do Cepea indicam que, ainda assim, o maior volume garantiu aumento de 2% no faturamento em dólar das exportações do setor nos primeiros quatro meses deste ano frente ao mesmo período de 2017 – em Reais, o faturamento cresceu mais de 11%. A receita acumulada com as exportações do agronegócio foi de US$ 30 bilhões, representando mais de 40% das exportações totais do País.

 

DESTINO – A China segue como principal parceira comercial do setor, mas têm uma pauta muito concentrada nos produtos do complexo da soja, com destaque para soja em grão. A Europa continua na segunda posição e os Estados Unidos, na terceira. Pesquisadores do Cepea indicam que chamam a atenção os países que compõem o grupo “outros”, com participação de 30% nas exportações brasileiras totais, com destaque para os asiáticos.

 

2018 – Após ter colhido a maior safra de sua história em 2017, o país caminha para uma boa colheita também em 2018, o que mantém elevada a disponibilidade de produtos, tanto para consumo doméstico quanto para exportação. Pesquisadores do Cepea alertam que o que não se pode estimar ainda é o efeito sobre a oferta brasileira da recente paralisação logística (greve dos caminhoneiros). Há, também, o efeito do câmbio (a desvalorização do Real), que, ao que tudo indica, deve se manter ao longo de 2018.

 

Esse contexto, segundo pesquisadores do Cepea, tende a elevar a atratividade das vendas externas e, consequentemente, as exportações. Os preços também podem se manter acima dos observados no ciclo anterior, dados os efeitos climáticos que já afetaram a oferta dos produtos agrícolas em importantes países produtores e exportadores, como a Argentina. A se confirmarem preços mais elevados e um Real mais desvalorizado, o faturamento em dólar do setor pode continuar crescendo em 2018, desde que haja oferta suficiente para atender a uma demanda externa que continua firme.

   

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ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre as pesquisas do Cepea a respeito do mercado de exportação agro aqui e por meio do Laboratório de Informação do Cepea com a pesquisadora Andréia Adami: (19) 3429-8836 / 8837 ou [email protected]

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LEITE/CEPEA: Oferta limitada segue impulsionando cotações ao produtor

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Cepea, 29/06/2018 – Os preços do leite ao produtor em junho (referentes à captação de maio) registraram a quinta alta consecutiva, impulsionados pela menor oferta. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o valor líquido se elevou em 3,3% frente ao mês anterior, chegando a R$ 1,296/litro “Média Brasil” (inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS). Considerando-se o acumulado deste primeiro semestre, a alta é de 28%.

 

O aumento dos preços em junho foi inferior aos registrados nos meses anteriores – em abril e maio, por exemplo, a valorização do leite superou os 7%. Isso ocorreu porque, em maio, quando ocorreu a captação do leite no campo, agentes da indústria relatavam dificuldades em fazer o repasse da valorização da matéria-prima aos derivados, alegando demanda enfraquecida. Com negociações truncadas, a necessidade de realizar promoções freou a valorização do leite spot e também dos derivados, em especial do UHT, fator que limitou a elevação dos preços ao produtor em junho.

 

No entanto, a oferta limitada tem pesado mais que a demanda no processo de formação de preços no campo, ditando a dinâmica do mercado lácteo neste ano. O setor sofre com as consequências dos baixos preços praticados no segundo semestre de 2017, que desestimulou produtores a investirem na atividade. Além disso, com o avanço da entressafra e o aumento dos preços dos grãos entre abril e maio deste ano, a produção foi prejudicada, elevando a competição entre indústrias para assegurar o fornecimento de matéria-prima.

 

Para completar, a greve dos caminhoneiros no final de maio e a consequente interrupção do transporte de leite aos laticínios agravou ainda mais esse cenário. O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L) recuou expressivos 14,4% de abril para maio, acumulando queda de 24,1% no ano. Paraná e Minas Gerais foram os estados com maior redução do volume captado, em 20,6% e em 15,1%. O resultado, atípico, esteve atrelado ao grande volume descartado de leite ainda nas propriedades.

 

No correr de junho, os laticínios e canais de distribuição enfrentaram a situação conjunta de esvaziamento de estoques. Como consequência, os preços dos derivados se elevaram consideravelmente. O longa-vida, termômetro para o setor, se valorizou quase 30% na primeira quinzena de junho. Na segunda metade do mês, a valorização foi menos intensa, de 5,8%.

 

Para julho, por sua vez, a competição das empresas em junho para compra do leite com o objetivo de recompor estoques deve sustentar a alta dos preços ao produtor. A alta no próximo mês, inclusive, pode superar a verificada em junho.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o mercado lácteo aqui e por meio da Comunicação do Cepea, com a pesquisadora Natália Grigol e Prof. Dr. Sergio De Zen: (19) 3429 8836 / 8837 e [email protected].

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