O presidente Michel Temer anunciou, em junho deste ano, no Palácio do Planalto, junto com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira. Uma das mudanças mais significativas do Plano Agrícola e Pecuário (PPA) 2018/2019, foi a redução em média de 1,5 ponto percentual nas taxas de juros, o que motivou aumento na contratação de crédito pelo produtores rurais.
As operações de crédito junto aos bancos que operam recursos do PAP cresceram 19%, nos cinco primeiros meses da atual temporada, entre julho e novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado (na safra 2017/2018), somando para R$ 75,36 bilhões em financiamento.
O PAP destinou R$ 151,1 bilhões para o crédito de custeio, sendo R$ 118,8 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 32,3 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). Também foram designados R$ 2,6 bilhões para o apoio à comercialização e R$ 600 milhões para subvenção ao seguro rural.
O balanço da contratação, com os dados fechados até novembro, revelou que todas as modalidades de linhas de crédito registraram alta. As de custeio somaram R$ 43,4 bilhões, resultado 15% superior ao registrado no mesmo intervalo do ciclo passado. Com crescimento de 19%, o desembolso com industrialização chegou a R$ 3,4 bilhões. Já os valores contratados na linha comercialização alcançaram R$ 13 bilhões no período, alta de 19%.
Os empréstimos para investimento totalizaram R$ 15,5 bilhões, 37% de incremento na mesma comparação, revelando recuperação dos níveis de investimentos no campo.
Entre as operações de crédito se destacaram os programas ABC (Agricultura de Baixo Carbono), a Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), cujas condições de financiamento são relativamente mais favoráveis.
Para o secretário de Política Agricola do ministério, Wilson Vaz de Araújo, “o desempenho favorável desses programas revela a importância e a prioridade atribuídas ao processo produtivo sustentável, a necessidade de aumentar a capacidade estática de armazenagem frente a safras cada vez maiores e, por fim, a forte demanda por tecnologia, inovação e modernização do setor agropecuário”.
Blairo Maggi destacou que neste ano, o Ministério da Agricultura, recuperou a atribuição de definir os destino dos recursos do PAP. “Foi preciso dizer ao Banco Central, à Fazenda: vocês definem os recursos, a disponibilidade, vamos discutir taxa de juros, mas para onde vai, como fazer, qual é a prioridade, é papel da Agricultura”, afirmou.
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