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Agro Negócio

Fórum em Lisboa termina hoje com destaque para Mato Grosso no agro mundial

O XIII Fórum de Lisboa começou nesta quarta-feira (02.07), reunindo juristas, parlamentares, autoridades e especialistas do Brasil e da Europa para discutir os impactos da inteligência artificial, da governança global e da sustentabilidade em um mundo em transformação. Com o tema “Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente”, o evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa(IDP), pelo Lisbon Public Law Research Centre (LPL) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pelo Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário – FGV Justiça (FGV), termina nesta sexta-feira (04.07).

Acimar e Marrafon – Imagem: arquivo Pessoal

Com forte presença da comitiva de Mato Grosso, o painel “Agronegócio e Segurança Alimentar Global: Desafios para a Cooperação” evidenciou o protagonismo do estado na produção de alimentos e na preservação ambiental. Também participaram do evento o diretor de Negócios e Inovação do Instituto do Agronegócio (IA), Dr. Acimar Lisboa, e o jurista Dr. Marco Marrafon, ambos colunistas da revista Pensar Agro. Eles contribuíram com análises sobre o papel estratégico do Brasil no cenário global, especialmente diante dos desafios para garantir segurança alimentar em meio às transformações geopolíticas e tecnológicas.

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Mato Grosso fosse um país, estaria entre as maiores potências agrícolas globais, ocupando a terceira posição na produção mundial de soja, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil como um todo. De acordo com a estimativa mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2024/25, o estado deve colher aproximadamente 50,89 milhões de toneladas de soja — volume que supera países produtores tradicionais, como Argentina (43,9 milhões de toneladas) e China (20,3 milhões).

Além de consolidar sua liderança nacional na oleaginosa, Mato Grosso mantém papel estratégico no cenário internacional ao produzir também 50,38 milhões de toneladas de milho e 6,71 milhões de toneladas de algodão (considerando caroço e pluma). Esses números representam cerca de 4% da produção mundial de milho e 10% da produção global de algodão, impulsionando o Brasil ao sexto lugar na produção mundial de milho e ao quinto no algodão. O total estimado para a safra 2024/25 supera 104 milhões de toneladas entre essas três commodities, reforçando a força do estado no agronegócio.

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Fonte: Pensar Agro

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Decreto regulamenta BR do Mar e abre exportações pelo Rio Paraguai

O governo publicou nesta quarta-feira (16/07) o Decreto 12.555/2025, que regulamenta o programa BR do Mar e moderniza leis anteriores para transformar a navegação fluvial e marítima em modal eficiente de escoamento. A medida representa um avanço significativo para o agronegócio, que ganha opção com menor custo logístico e menor impacto ambiental.

Com a nova regulamentação, rotas como o Rio Paraguai passam a conectar os portos de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho (MS) e projetos em Cáceres (MT) ao Atlântico Sul por meio de terminais no Paraguai (Villeta e Concepción), na Argentina (Rosário) e no Uruguai (Nueva Palmira). Essa articulação multimodal pode reduzir o custo do frete em até 60% e cortar até 80% das emissões de carbono, contribuindo para a agenda de sustentabilidade.

Em números recentes da Semadesc, os portos de Corumbá e Porto Murtinho movimentaram 4,5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, superando o total de 2024. O desempenho reafirma o potencial da Hidrovia do Rio Paraguai para escoar soja, minério, carne e outros produtos agrícolas com eficiência.

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O decreto também autoriza o afretamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras de navegação (EBNs), com incentivos que privilegiam navios sustentáveis. Essa flexibilização abre espaço para ampliar a frota nacional, estimular a indústria naval e inserir agentes de menor porte no setor.

Segundo a Infra SA, a cabotagem hoje representa apenas 11% do transporte de cargas por navio no país. A expectativa é elevar esse indicador para cerca de 15% em até dez anos com o BR do Mar. O impacto positivo pode chegar a uma economia anual de R$ 19 bilhões em frete, com até 40% de vantagem sobre o modal ferroviário e 60% sobre o rodoviário, além de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Para o agronegócio, essa mudança significa resgatar a ideia de utilizar os rios como verdadeiras “avenidas de exportação”. Produtores e exportadores da região Centro-Oeste poderão escoar parte da produção permitindo escoar matéria-prima e produtos com mais competitividade e previsibilidade, aliviando as rodovias já sobrecarregadas.

A proposta atende demandas de entidades do setor, que apontam que o transporte rodoviário encarece a produção e desfavorece a competitividade internacional. Com o novo marco, integra-se o Brasil em uma estratégia logística intermodal mais sustentável e eficaz — com impactos positivos no desenvolvimento regional, geração de empregos e preservação ambiental.

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Em sua página no Linkedin (leia aqui) o presidente do Instituto do Agronegócio comenta a importância desta regulamentação para a logística do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

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