Mato Grosso
Governo de MT não arrecadou R$ 3,1 bilhões em janeiro; veja os números


O Estado de Mato Grosso não arrecadou o valor de R$ 3,1 bilhões no mês de janeiro. De acordo com os dados oficiais da Secretaria de Estado de Fazenda, o valor arrecadado até 28 de janeiro de 2019 foi de R$ 1,029 bilhão. Desse valor, foi somado o saldo em conta do exercício anterior de R$ 195 milhões, que totalizou uma receita de R$ 1.224 bilhão.
O Estado já efetuou, até a presente data, o pagamento de R$ 420 milhões referente à folha dos servidores públicos que receberam líquido a quantia de R$ 6 mil; repassou R$ 199,9 milhões em duodécimo aos Poderes; transferiu aos municípios o valor de R$ 395,6 milhões referente ao Fundeb e as vinculações obrigatórias; repassou à Saúde (Feef) a quantia de R$ 9,5 milhões; pagou o valor de R$ 53,2 milhões referente ao custeio da máquina pública; e ainda efetuou o pagamento de juros, encargos da dívida e amortizações na quantia de R$ 26 milhões, além do bloqueio judicial de R$ 6 milhões.
Atualmente, há na conta única o valor de R$ 107,4 milhões que será utilizado para o pagamento, nesta quarta-feira, dia 30, dos servidores públicos que recebem acima de R$ 6 mil.
A confusão feita por alguns veículos de comunicação é referente ao fato de que o site Impostômetro registra todo valor arrecadado em impostos em Mato Grosso, que foram pagos por cidadãos ou empresas, sem a distinção do que é referente ao governo do Estado e o que deve ser repassado aos municípios e ao Governo Federal.
O Impostômetro contabiliza, por exemplo, o arrecadado com o Imposto de Renda, tanto pessoa física como jurídica, os valores recolhidos pelo INSS referente à alíquota previdenciária, o FGTS, o IPI, entre tantos outros impostos de nível federal. Com relação aos municípios, entre os impostos computados pelo site estão o IPTU, ISSQN e ITBI.
Já o Estado, os impostos de maior peso que compõe a receita e que fazem parte dessa contabilidade são referentes ao ICMS, ITCMD, IPVA e Fethab. Mesmo nesses impostos, o Estado ainda repassa a parte devida aos municípios.
O Governo do Estado esclarece ainda que cumpre as leis no que diz respeito aos repasses dos recursos devidos aos municípios. Desde o início de janeiro, os valores são depositados, de acordo com o que é estabelecido em lei. Restando nos cofres do Estado apenas o valor que é de sua competência.
O valor previsto para ser arrecadado em 2019, contido no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), que está na Assembleia Legislativa, é de R$ 19,2 bilhões, com despesas de R$ 20,9 bilhões. O que demonstra um déficit orçamentário de R$ 1,6 bilhão.
Confira o quadro de receita e despesa do governo em janeiro:
RECEITA DE JANEIRO R$ 1.224.612.324 |
Saldo do exercício anterior R$ 195.646.320,07 |
|
Receita líquida janeiro de 2019 R$ 1.029.166.004,30 |
||
Despesas obrigatórias |
Pagamento da Folha de Ativos que receberam até R$ 6 mil e todos os aposentados |
R$ 420.796.182 |
Pagamento de dívidas bancárias |
R$ 26.224.470 |
|
Duodécimo dos Poderes |
R$ 199.924.383 |
|
Repasse Saúde FEEF |
R$ 9.505.736 |
|
Repasse MT Saúde |
R$ 1.603.329 |
|
Transferência para conta de Bloqueio Judicial |
R$ 6.000.000 |
|
Transferência Fundeb |
R$ 152.637.958 |
|
Transferência aos municípios (fpm/facs/fabov/famad) |
R$242.968.611 |
|
Transferência convênio MT/Ms (Despesa de Pessoal) |
R$ 4.037.083 |
|
Despesas de Custeio e investimentos |
Custeio das Secretarias |
R$ 53.243.539 |
Investimentos |
R$ 456.042 |
|
Total de despesas pagas em Janeiro |
R$ 1.117397.333 |
|
Saldo Financeiro – reserva para salário em 30/01 dos servidores que recebem acima de R$ 6 mil no valor de R$ 133 milhões. |
R$ 107.414.992 |
Destaque
Sefaz-MT identifica fraudes tributárias e autua 72 empresas em R$ 33,4 milhões


As empresas foram autuadas em R$ 33,4 milhões, referentes ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e penalidades pelas irregularidades cometidas. Ao todo, foram gerados 179 autos de infração durante o processo de auditoria.
De acordo com a Coordenadoria de Fiscalização da Indústria e Agronegócio (CFIA), a partir de uma empresa auditada foi possível chegar aos outros 71 contribuintes que estavam vinculados a ela e que praticavam crimes contra a ordem tributária.
Para o secretário adjunto da Receita Pública da Sefaz, Fábio Pimenta, o avanço da auditoria contábil e financeira nos processos de fiscalização tem se mostrado um instrumento importante para a recuperação de débitos tributários. Por meio de ferramentas, as equipes examinam as informações declaradas pelos contribuintes e verificam ser os dados e cálculos de impostos realizados estão corretos, correlacionando com declarações de terceiros, a fim de detectar discrepâncias.
“A auditoria contábil e financeira aliada a fiscal tem sido importante não só na identificação de irregularidades, mas na recuperação de valores que seriam sonegados, pois, às vezes estavam subfaturados ou não declarados. Sabemos as auditorias contábeis são complexas e morosas, demandando um esforço especial, mas que se mostram acertadas pelos bons resultados obtidos, por isso parabenizo ao trabalho realizado pela equipe de fiscalização (CFIA/Sufis)”, disse.
Nesse trabalho de auditoria, em específico, foram necessárias duas etapas, em razão da complexidade e do grande volume de operações. Conforme informações da Coordenadoria de Fiscalização da Indústria e Agronegócio, foram verificados 170 contribuintes mato-grossenses relacionados com a empresa auditada. Somente na primeira etapa foram detectados os 71 contribuintes solidários.
O coordenador da CFIA explicou que a adoção de processos e ferramentas de auditoria contábil e financeira na unidade teve início em 2022 e o resultado alcançado está relacionado ao primeiro caso analisado com o uso da contabilidade. Outras operações realizadas por contribuintes continuam em análise pela equipe da coordenadoria tanto na área de auditoria fiscal, quanto na contábil.
“Com a aplicação das práticas de auditoria contábil e financeira foi possível detectar o relacionamento financeiro entre a empresa auditada com os demais contribuintes. São detalhes e dados que poderiam passar desapercebidos em uma auditoria fiscal, que seria finalizada com a identificação de apenas um contribuinte e não 72”, destacou o coordenador, Nilton Esaki.
O trabalho de auditoria desses contribuintes continua sendo realizado pela equipe de fiscalização. O superintendente de Fiscalização, José Carlos Bezerra, afirma que expectativa é de que no decorrer de 2024 outros contribuintes e operações irregulares sejam identificadas.
“Esse tipo de fiscalização ganhou espaço nas auditorias fiscais e o planejamento de 2024 prevê sua ampliação, buscando sempre o combate ao crime organizado e contra a ordem tributária, identificando e afetando todas as pessoas que se beneficiam da fraude tributária”, pontuou o superintendente.
Além da unidade de fiscalização de indústrias e do agronegócio, outras equipes de fiscalização da Sefaz têm adotado ferramentas de auditoria contábil e financeira em suas rotinas. No mês de novembro, a secretaria promoveu uma capacitação sobre o assunto para os fiscais de tributos que atuam no julgamento administrativo e nas auditorias fiscais, a fim de atualizar o conhecimento dos servidores, além de melhorar e otimizar os resultados da fiscalização.
MAIS LIDAS DA SEMANA
-
Cuiabá6 dias atrás
Caravana da Coca-Cola: veja datas em Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande e em mais 6 cidades de Mato Grosso
-
Destaque6 dias atrás
Avenida Fernando Correa será interditada neste domingo (03) das 6 às 20h
-
Destaque4 dias atrás
Homem mata empresária, foge e morre ao cair de cachoeira
-
Estadual4 dias atrás
Polícia localiza restos mortais de manicure desaparecida
-
Destaque6 dias atrás
Criminoso chama ‘vó’ no portão e invade casa de idosos
-
Destaque4 dias atrás
Fiscalização apreende 885 kg de pescado e solta 973 peixes nos dois primeiros meses de defeso da piracema
-
Destaque6 dias atrás
Assassino de 4 mulheres em MT matou jornalista em Goiás
-
Destaque6 dias atrás
Produtor rural Hugo Henrique Garcia é eleito presidente da APROFIR MT