Pesquisar
Close this search box.

Brasil

Gripe, resfriado ou algo mais sério?

O mês de março costuma ser propício ao surgimento de resfriados e gripes em Cuiabá. As chuvas típicas do final de verão e o retorno das crianças às escolas ampliam a disseminação de doenças respiratórias. Mas como diferenciar a gripe, ou o resfriado, de uma doença mais séria?

A observação detalhada feita pelos pais pode ajudar, afirma a pediatra Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis. “Os sintomas são parecidos, como febre, tosse, dor no corpo e mal-estar. Mas a gripe é mais brusca: aparece mais rapidamente e com sinais mais fortes que o resfriado, que por sua vez é mais leve e costuma sumir em poucos dias”, compara.

Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis, responsável pela Pediatria do Hospital Santa Rosa
Coordenadora de Pediatria do Hospital Santa Rosa (HSR), Emmanuela alerta para o risco de não se dar atenção devida aos quadros de gripe e resfriado. “Infelizmente, nossa sociedade minimiza o resfriado. Logo queremos voltar ao normal, mas é preciso dar ao corpo o repouso necessário”, contextualiza.

 

Entre os cuidados que podem ser feitos ainda em casa, estão reforçar a hidratação da criança, investir em alimentação saudável e garantir que o corpo possa descansar para reagir e lutar contra a doença. “A presença física dos pais junto às crianças tem efeito terapêutico”, afirma a médica, que além de pediatra é médica intensivista.

 

Sintomas graves. Mas há casos em que a criança mostra sintomas mais graves, indicando que não se trata de um resfriado. “Caso a conjunção desses sintomas apareça, procure o atendimento médico de urgência”, orienta Emmanuela.

 

Se a criança está com a pele com temperatura muito fria e mostra cansaço extremo a ponto de nem se animar com o brinquedo predileto, é sinal de preocupação. Somados à febre alta persistente, à falta de apetite, à palidez extrema e a muito esforço para respirar (respiração ofegante), tem-se um quadro claro de que é hora de procurar o pronto-atendimento.

 

Na década de 90, alguns casos de pneumonia com destruição pulmonar foram percebidos e denominados como pneumonia necrotizante. Nos últimos anos, principalmente após a pandemia de Covid-19, pediatras têm notado aumento nesses casos. É uma patologia que evolui rápido e costuma em 15 dias ou menos levar à necessidade de internação em unidades de tratamento intensivo (UTI).

 

“A pneumonia necrotizante acomete os pulmões de maneira devastadora. Ela era 1% dos casos de internação infantil em 2009 no País. No ano passado foram 20 casos somente no Hospital Santa Rosa. Felizmente, temos a estrutura necessária para tratar situações similares, mas fica o alerta”, afirma Emmanuela.

 

O uso indiscriminado de antibióticos pode ser um dos fatores que tem contribuído para o reaparecimento dessas pneumonias mais graves. “Quanto mais usamos esse tipo de medicamento, mais o nosso corpo se adapta a ele, fazendo com que, com o tempo, deixe de fazer efeito”, observa.

Comentários Facebook
Leia Também:  VÍDEO: mulher fica pendurada em caminhonete após descobrir suposta traição do marido

Brasil

Senado aprova regras para uso da inteligência artificial

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (10) o marco regulatório para uso da inteligência artificial no país. O texto segue agora para votação na Câmara dos Deputados.

O projeto estabelece os princípios fundamentais para o desenvolvimento e uso de IA. Ele define que a tecnologia deve ser transparente, segura, confiável, ética, livre de vieses discriminatórios, respeitando os direitos humanos e valores democráticos. O projeto exige também que sejam contemplados o desenvolvimento tecnológico, a inovação, a livre iniciativa e a livre concorrência.

Além de enumerar os sistemas de IA considerados de alto risco, o projeto proíbe o desenvolvimento de alguns tipos de tecnologias de IA que causem danos à saúde, à segurança ou a outros direitos fundamentais.

O texto, por exemplo, veda que o Poder Público crie sistemas que classifiquem ou ranqueie pessoas com base no comportamento social para acesso a bens e serviços ou a políticas públicas “de forma ilegítima ou desproporcional” ou de sistemas de IA que facilite o abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes.

Leia Também:  Maraisa aposta em look ‘ousado’ para show em Belo Horizonte (MG): ‘Ela arrasou’

Alto risco

O projeto define ainda como sistemas de IA de alto risco aqueles que podem causar danos às pessoas ou à sociedade, como os de controle de trânsito, de redes de abastecimento de água e eletricidade.

Também são considerados sistemas de IA de alto risco aqueles aplicados na educação e formação profissionais para determinar acesso à instituição de ensino ou de monitoramento de estudantes, além dos sistemas usados para recrutamento de trabalhadores ou para promoções no trabalho.

Sistemas de IA de “repartição de tarefas e controle e avaliação do desempenho e do comportamento das pessoas nas áreas de emprego, gestão de trabalhadores e acesso ao emprego por conta própria” também são considerados de alto risco.

Outros exemplos são sistemas de IA para avaliação de prioridades em serviços públicos essenciais, como bombeiros e assistência médica. Também são citados no texto os sistemas de inteligência artificial usados pela Justiça para investigação de crimes, ou que tenham risco para as liberdades individuais ou ao Estado Democrático de Direito.

Leia Também:  Produção de rações cresce e reforça a competitividade do agronegócio

Os sistemas de IA na área da saúde, como para auxiliar no diagnóstico e procedimentos médicos, e para o desenvolvimento de veículos autônomos em espaços públicos são outros exemplos de sistemas de alto risco de inteligência artificial listados pelo projeto.

Big techs

Durante a tramitação no Senado, foi retirado o dispositivo que considerava como sendo de alto risco os sistemas de IA usados pelas plataformas digitais, as chamadas big techs, para produção, análise, recomendação e distribuição de conteúdos.

De acordo com o relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), a retirada desse trecho foi um acordo entre as bancadas para fazer o projeto de lei 2.338 de 2023, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avançar na votação.

O texto foi aprovado em votação simbólica na comissão temporária criada para analisar o tema.

Comentários Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA