Pesquisar
Close this search box.

APROSOJA

Mais de 300 agricultores participam de cursos do Soja Plus no 1º semestre de 2018

Pesquisa e Gestão

Mais de 300 agricultores participam de cursos do Soja Plus no 1º semestre de 2018

Cursos tiveram foco na Norma Regulamentadora 31, sobre qualidade de vida no trabalho


Ascom Aprosoja

03/07/2018

Durante o primeiro semestre de 2018, 333 agricultores de Mato Grosso receberam cursos do Soja Plus. O programa, criado em 2011 pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), orienta sobre a melhoria contínua das propriedades rurais do Estado na área ambiental, trabalhista e social. 
 
No curso, realizado até este momento em 22 municípios mato-grossenses, o tema principal é a Norma Regulamentadora 31 (NR31), que trata sobre qualidade de vida no trabalho, com regras e adequações tanto por parte do empregador rural como do empregado. 
 
O treinamento, que tem duração de dois dias e é ministrado por instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), é o primeiro passo para produtores rurais de Mato Grosso que desejem aderir ao Soja Plus. Após a participação, os supervisores de projetos da Aprosoja, localizados em todas as regiões produtoras de Mato Grosso, se dirigem às propriedades rurais de cada participante. 
 
“Na fazenda, o supervisor fará um check list das adequações socioambientais que serão necessárias àquela propriedade. Essas adequações são baseadas em leis trabalhistas, ambientais e sociais focadas na zona rural. Nós também fornecemos, por exemplo, manuais de construções rurais”, explica o segundo vice-presidente Norte e coordenador da Comissão de Pesquisa e Gestão de Propriedades, Gilberto Eberhardt.
 
Números – Atualmente, o Soja Plus está em 1.033 propriedades. Uma meta da atual diretoria é dobrar o número de adesões do programa até o final e 2020. “De janeiro até o momento foram 83 novas adesões. Com isso, já passamos de 950 fazendas para estas 1.033”, ressalta Gilberto Eberhardt. 
 
Para tanto, continua Gilberto, um dos passos fundamentais é a realização de mais cursos da Norma Regulamentadora 31. “No primeiro semestre, além dos 21 municípios que receberam o curso mais uma vez, Nova Canaã do Norte recebeu pela primeira vez o treinamento. Para o segundo semestre, prevemos mais quatro cidades. Vale lembrar que o Soja Plus promove melhorias contínuas na gestão da fazenda, o que reflete na rentabilidade do negócio e na qualidade de vida dos trabalhadores”, afirma. 
 
Novos cursos – Para o mês de julho, Porto dos Gaúchos recebe o treinamento nos dias 03 e 04 de julho. Em setembro será a vez de Primavera do Leste (04 e 05), Paranatinga (11 e 12) e Pontes e Lacerda (13 e 14). 
 
Confira os municípios que já tiveram cursos do Soja Plus neste ano: Sapezal, Campos de Júlio, Sinop, Sorriso, Nova Canaã do Norte, Matupá, Cláudia, Nova Mutum, Campo Verde, Diamantino, Canarana, Tapurah, Nova Xavantina, Água Boa, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Gaúcha do Norte, Querência, Ribeirão Cascalheira, Itiquira, Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis.
 

 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

Contatos: Telefone: 65 3644-4215

Email: [email protected]

Comentários Facebook

Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA