MT aumenta em 73% a apreensão de drogas pelas forças de segurança em 2021
Mato Grosso quebrou um recorde histórico: mais de 31 toneladas de drogas foram apreendidas pelas forças de segurança durante o ano de 2021. O aumento é de 73% comparado ao ano de 2020, que já havia sido considerado um recorde, com a apreensão de 18 toneladas de entorpecentes.
Dos últimos cinco anos, este é o maior volume de drogas já retido pelas forças de segurança e demonstra uma crescente desde então. Se comparado com 2017, quando 11,6 toneladas de entorpecentes foram apreendidas, o crescimento é de 167%.
Na avaliação do secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, o resultado pode ser relacionado ao grande investimento em segurança que vem acontecendo por meio do Programa Mais MT, do Governo do Estado.
“O aparelhamento das forças de segurança, com a aquisição de novas armas, viaturas, EPIs, o trabalho integrado das instituições, os investimentos em tecnologia de ponta, a exemplo da radiocomunicação digital e a instalação de câmeras, e a política de tolerância zero com a criminalidade, em especial no combate às organizações criminosas, propiciaram este recorde”, disse Bustamante.
A Polícia Civil produziu no ano passado quase 2.500 inquéritos policiais na investigação de tráfico de drogas, um aumento de 32%, na atuação direta dessa área de repressão qualificada. Dentro desse trabalho investigativo, a instituição planejou e executou 190 operações policiais específicas, 70 delas envolvendo associações criminosas e outras 48 de combate a organizações criminosas.
“Uma das principais colaborações da Polícia Civil no combate ao tráfico de entorpecentes está relacionada à conclusão de inquéritos de alta complexidade e respectivas prisões consolidadas em material probatório robusto, o que gera efetividade na redução da criminalidade, quer pela descapitalização das organizações criminosas ou pelas prisões mais duradouras” pontuou o delegado-geral adjunto, Gianmarco Paccola Capoani.
O delegado destacou ainda, que entre os trabalhos de 2021, a Polícia Civil realizou a maior apreensão de maconha nos últimos anos em Mato Grosso, quando a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) interceptou um caminhão que transportava cinco toneladas da droga, em meio a uma carga de tutano, no sul do estado.
De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, a PM foi responsável pela retirada de mais de 12 toneladas de drogas na região metropolitana, no interior e também na fronteira em ações integradas. E neste ano, a PM segue o mesmo ritmo, já que nos primeiros 15 dias de janeiro os policiais militares já foram responsáveis por apreensões e prisões de grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas.
“Com os investimentos da atual gestão, a Polícia Militar vem intensificando ainda mais o policiamento ostensivo no estado. Novas armas de fogo, viaturas e capacitações aos nossos policiais refletem no combate às organizações criminosas e nos permitem prestar um serviço de qualidade a população mato-grossense. A sociedade pode continuar contando com os nossos homens e mulheres da PMMT”, pontuou o comandante-geral.
Tráfico internacional de drogas
A atuação do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) ao longo dos 900 quilômetros de fronteira, entre áreas alagadas e secas, de Mato Grosso com a Bolívia fortalece o combate ao tráfico internacional de drogas. Exemplo disso é o número de ocorrências registradas pela unidade em 2021, quase dobrou nos últimos cinco anos.
Em 2021 o Gefron registrou 444 ocorrências, sendo que em 2017 este número chegava 282 registros. Estes não são números apenas de ocorrências relacionadas ao uso e tráfico de drogas, mas refletem o crescimento e atuação da unidade no combate e enfrentamento a diferentes tipos de crime.
Foi em 2021, por exemplo, que o Gefron realizou a maior apreensão de cocaína desde sua criação, em 2002. O caso ocorreu em setembro, quando 999 tabletes de substância análoga à cocaína, totalizando 1.064 quilos de entorpecentes, foram encontradas em um fundo falso de um caminhão.
No entanto, o coordenador do Gefron, tenente-coronel PM Fábio Ricas, destacou que o resultado exitoso é fruto de ações integradas que não acontecem apenas na região de fronteira, mas em todo o estado. E ainda de acordo com o militar, a integração tem sido uma característica intrínseca do Gefron no que se refere às operações policias de fronteira.
“Os recursos financeiros disponibilizados pelo Governo do Estado, por meio da Sesp, têm possibilitado um aumento substancial na capacidade operacional das unidades policiais, o que era muito necessário para fazer frente ao crime de tráfico de drogas. Outro fator importante está relacionado à integração entre instituições, o que torna as ações mais eficientes, com o compartilhamento de informações de inteligência.
Safra de grãos deve subir 6,4% em 2022, estima Conab
A safra de grãos brasileira 2021/2022 deve alcançar 271,8 milhões de toneladas, um aumento de 6,4% na comparação com o ciclo anterior, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa, que faz parte do 8º levantamento da safra divulgado pela empresa, aponta ainda um ganho de 2,5 milhões de toneladas quando comparado com a estimativa publicada no mês anterior.
Segundo a Conab, essa melhora na produção é explicada pela maior área plantada de milho de segunda safra, além do melhor desenvolvimento no final do ciclo das lavouras, sobretudo de arroz, milho e soja.
“Em final de abril, as culturas de primeira safra, estavam com a colheita praticamente finalizada, as de segunda safra, desde a fase de crescimento até o processo de colheita e as de terceira safra juntamente com as culturas de inverno, em fase inicial de plantio. Portanto, o resultado final do volume desta safra ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas”, diz o levantamento.
A empresa informou que para o milho é esperada uma produção total 116,19 milhões de toneladas, elevação de 33,4% em comparação com a safra 2020/21. O levantamento mostra que a janela mais alongada para plantio da segunda safra somada às condições de mercado favoreceram o crescimento de área do cereal.
Em relação ao arroz, a produção será menor ao que foi produzido na safra passada. A queda estimada é de 9,1%. Com isso a safra deve ficar em 10,7 milhões de toneladas, das quais 9,9 milhões são de cultivo irrigado e 0,8 milhões com o plantio sequeiro.
Segundo a Conab, a soja também terá uma queda na produção, estimada em 123,8 milhões de toneladas, uma redução de 10,4% em relação à safra anterior.
Colheita de algodão – CNA/ Wenderson Araujo/Trilux
Já as safras de feijão e de algodão terão aumento em relação à safra anterior. Na de feijão, a Conab estima alta de 8,14% em relação à safra anterior, com a produção ficando em 3,14 milhões.
A safra de algodão deve subir 19,5%, favorecida, em parte, pelas condições climáticas e pelo aumento na área plantada. A estimativa é de que a safra seja de 2,82 milhões de toneladas de pluma.
“A cotação da pluma em patamar elevado, que proporciona boa rentabilidade ao produtor, foi a causa primordial nessa elevação da área de plantio”, disse a Conab.
Já as culturas de inverno, como aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale, segundo a Conab, ainda apresentam uma plantação incipiente e devem somar 9,8 milhões de toneladas, das quais 8,1 milhões de trigo e 1,1 milhão de aveia.
Em relação à área plantada, a Conab informou que a atual safra é estimada em 73,7 milhões de hectares, crescimento de 5,6% se comparada à safra 2020/21. Os maiores incrementos são observados na soja (4,4% ou 1,73 milhão de hectares), e no milho (9,4% ou 1,87 milhão de hectares).
A Conab informou também que não alterou as estimativas de importação de nenhum produto em relação ao levantamento anterior. Já a projeção para exportação de milho para 2022 subiu, passando de 37 milhões de toneladas para 38 milhões de toneladas.
Para os demais produtos, as estimativas de exportação foram mantidas: algodão em 2,05 milhões de toneladas, arroz em 1,3 milhão de toneladas, feijão em 200 mil toneladas e soja em 77 milhões de toneladas.
“No caso do trigo, as informações ainda são referentes à safra 2021, que possui o ano comercial de agosto de 2021 a julho de 2022. Para o cereal, a expectativa de venda para o mercado internacional segue em 3 milhões de toneladas”, disse a Conab.