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Mato Grosso

MT Hemocentro realiza capacitação em aférese para profissionais da saúde

O MT Hemocentro, único banco de sangue público de Mato Grosso, realizou, entre terça-feira (1º.7) e sexta-feira (4.7), a capacitação em aférese para os profissionais de saúde da unidade e da hemorrede de Cuiabá e Várzea Grande.

Na capacitação, foram abordadas as duas modalidades de aférese: a terapêutica, que tem o objetivo de tratar doenças, eliminando substâncias nocivas por meio do sangue; e a não terapêutica, que tem como finalidade coletar os componentes do sangue do doador para a transfusão.

O objetivo da capacitação é habilitar os profissionais de saúde para realizarem a coleta de sangue por aférese (plaquetas, hemácias e plasma) de forma segura, eficaz e de alta qualidade dentro dos serviços de hemoterapia, com o intuito de proteger os doadores e garantir a qualidade dos produtos hemoterápicos, além de assegurar o cumprimento rigoroso das normas sanitárias.

A programação da capacitação foi organizada em três etapas: fundamentação teórica, que abrange os princípios hematológicos, indicações clínicas e as normativas da ANVISA; técnicas práticas, com operação de equipamentos e acesso aos protocolos padronizados; e estágio supervisionado, com realização de procedimentos reais em doadores e pacientes.

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A máquina usada para realizar a parte prática da capacitação é um equipamento da empresa Haemonetics, que realiza o processo de separação dos componentes do sangue (aférese) — como plaquetas, plasma e hemácias — diretamente de um doador ou paciente.

A enfermeira Mônica Torres, facilitadora da capacitação, destacou a importância de capacitar mais profissionais para melhorar o atendimento ao doador e a quem recebe os componentes que são separados pela máquina.

“A capacitação serve para que a gente tenha uma equipe mais preparada. A equipe que já trabalha aqui passa por uma recapacitação, com a revisão de conceitos, e quem ainda não estava capacitado passa a estar, para atender melhor a demanda do MT Hemocentro. Dessa forma, habilitamos mais profissionais para realizar procedimentos especializados”, destacou.

A médica e pedagoga do Núcleo de Educação Permanente (NEPES) do MT Hemocentro, Maria da Graça Zeferino Campos Lopes, explicou que essas capacitações são essenciais para manter os profissionais atualizados sobre práticas seguras na hemorrede.

“O Núcleo de Educação Permanente tem essa preocupação com a capacitação dos seus servidores. Por isso, a capacitação em aférese é de suma importância. Assim, o atendimento à pessoa que vai receber os componentes será feito com mais qualidade, rapidez e eficiência”, explicou.

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A enfermeira Renata Brandão, que participa da capacitação, ressaltou que a parte prática é muito importante para que os profissionais entendam como a máquina funciona e possam estar habilitados para usá-la.

“O curso que foi fornecido nos traz muita segurança, pois podemos entrar em contato direto com a máquina, montá-la, ter contato com o paciente e ver como funciona o procedimento. Nós acompanhamos todo o ciclo, desde o início do processo até o momento em que a bolsa é levada para a pessoa que vai receber”, concluiu.

*Sob a supervisão de Ana Lazarini

Fonte: Governo MT – MT

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Destaque

Filha questiona laudo de insanidade de assassino da mãe em Lucas do Rio Verde

A biomédica Caroline Fernandes, 24, questionou, com indignação, o laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT) apontar que o engenheiro-agrônomo Daniel Bennemann Frasson, pode ser considerado inimputável em razão de um suposto quadro depressivo. Ele é acusado de assassinar a mãe da Caroline, Gleici Keli Geraldo de Souza, 42, a facadas.

 

Caroline, que hoje cuida da irmã mais nova, divulgou uma série de textos questionando diretamente as conclusões do exame psicológico e pedindo que a Justiça não permita que o acusado se esconda atrás de uma condição psiquiátrica. “Como alguém que se formou, que trabalhava, que já teve carteira assinada, que tem um CNPJ (ou tinha até então), que já tirou passaporte, que dirigia, que fazia todas as atividades rotineiras possíveis, pode ser dito como ‘mentalmente insano’?”, escreveu.

Ela ironiza justificativas apresentadas pela defesa: “‘Estava com depressão’, ‘tomava remédios’, ‘surto psicótico’, ‘aplicou Ozempic’ (essa é ótima). Às vezes parece uma piada de muito mau gosto”, prosseguiu.

 

A biomédica cita uma série de comportamentos do padrasto que, segundo ela, demonstram plena lucidez antes do crime.

“Engraçado que quando ia fazer churrasco, beber, fazer festa, ou discutir com a minha mãe por qualquer coisinha, estava em plenas faculdades mentais. Quando ele fazia planilhas no computador sobre tudo o que ela ‘gastava’ para depois cobrá-la, ele era são. Quando estragava datas comemorativas importantes para ela, estava lúcido”, prosseguiu.

 

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Caroline ainda relata episódios que, segundo ela, demonstram manipulação emocional. “Quando se afastava dela emocionalmente quando algo legal acontecia, ao invés de comemorar junto, não era ‘doente’. Quando a culpa de tudo era da minha mãe ou de qualquer outra pessoa, menos dele”, pontuou.

Em outro trecho, Caroline rebate a tese de incapacidade de entendimento no momento do crime. “Maldade, crueldade, egoísmo, inveja. Não são doenças. São escolhas”, aponta.

 

Ela questiona como alguém supostamente incapaz de compreender seus atos teria tido comportamentos racionais logo após o ataque. “Como alguém ‘incapaz de compreender o que estava fazendo’, abraça a própria filha pedindo desculpas por ter assassinado a mãe dela… e a apunhala com 4 facadas nas costas, deita ela e dá mais 4 no peito? Como alguém em surto manda mensagem para o irmão contando o que fez? Conversa no telefone? Silêncio em depoimento não é surto. É autodefesa”, disse.

Caroline reforça que não banaliza transtornos mentais:“Usá-los como saída para justificar um crime tão cruel é, no mínimo, um insulto”.

Irmã sobreviveu

O crime ocorreu em junho deste ano, em Lucas do Rio Verde, e chocou o estado: Gleici dormia ao lado da filha de 7 anos quando foi atacada com 16 facadas, e a menina também foi ferida.

 

A jovem descreve o impacto profundo do crime na vida da irmã sobrevivente. “Minha irmã tem medo de dormir sozinha, medo de dormir primeiro que eu, medo de acordar depois de mim. Me pede para guardar os talheres antes de dormir.
Precisa de acompanhamento psicológico, psiquiátrico, cardiológico, neurológico, nefrológico… Toma medicação controlada.
Passou 22 dias na UTI, precisou reaprender a comer e a andar.”

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Caroline encerra afirmando que a luta continuará. “Eu ainda não perdi a fé. Não perdi a esperança na Justiça.
O mínimo que minha mãe merece é que o assassino pague pelo que fez. O mínimo que minha irmã merece é estar segura… saber que existiu justiça para ela e nossa mãe.Isso não acabou”, finaliza.

Laudo

Gleici Keli Geraldo de Souza foi morta enquanto dormia, no dia 24 de junho, com 16 facadas. A filha de 7 anos também foi atingida, sobreviveu após dias na UTI e hoje vive com Caroline. Após o ataque, Daniel tentou tirar a própria vida, foi socorrido e depois transferido para o Centro de Ressocialização de Sorriso, onde permanece.

O laudo da Politec concluiu que Daniel Bennemann Frasson pode ser inimputável, ou seja, que no momento do crime ele não teria plena capacidade de entender o caráter ilícito do ato. O engenheiro segue preso preventivamente, recebendo medicação na unidade prisional.

Com o documento pericial finalizado, o processo volta a tramitar. A Justiça iniciará a fase de instrução, com oitiva de testemunhas e do próprio acusado. Ao final, será definido se o réu será levado ao Tribunal do Júri ou submetido a medida de segurança, caso prevaleça o entendimento de inimputabilidade.

A defesa havia solicitado o incidente de insanidade mental alegando “perda de realidade, depressão e sintomas de síndrome do pânico”.

Fonte: GazetaDigital

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