Pesquisar
Close this search box.

Mato Grosso

Mudanças no texto do Fethab não afetam estimativa de arrecadação

As mudanças estabelecidas pelos deputados estaduais no projeto de lei que altera o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) não têm impacto e são apenas conceituais.  Na prática, não mexem no volume de arrecadação previsto pelo Estado.  A afirmação é do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ao avaliar a aprovação na Assembleia Legislativa, nesta semana, do substitutivo integral ao projeto de lei proposto pelo Executivo.

O substitutivo apresenta ajustes em relação à mensagem original do Governo nos itens referentes a alíquotas incidentes sobre a comercialização de commodities e operações de exportação em vários setores do agronegócio.

Apesar da nova propositura, a previsão de arrecadação do Governo do Estado  com o Fethab continua a ser de R$ 1,5 bilhão ao ano, algo em torno de R$ 600 milhões a mais em relação ao ano de 2018. “Houve apenas uma modificação interna quanto a alíquotas incidentes nas comercializações ao mercado interno e de exportação. Mas no conjunto final, a arrecadação ficou a mesma proposta anteriormente”, explicou o governador, ressaltando que a população mato-grossense é quem ganha com isso.

De acordo com chefe do Executivo, antes da aprovação final do novo Fundo, o Governo do Estado estabeleceu um amplo debate com diversos segmentos da agricultura e da pecuária, além do setor madeireiro. “Conversamos com representantes da soja, do algodão, gado e madeira que representam grandes e pequenos produtores”, relembrou Mendes. Na sua opinião, ao final houve o entendimento da classe sobre a necessidade da contribuição.

Leia Também:  Consumidores devem evitar compras por impulso durante as liquidações de janeiro, orienta Procon-MT

O secretário de Estado da Fazenda, Rogério Gallo, por sua vez, acrescentou que o novo Fethab foi editado para corrigir distorções e possibilitar a arrecadação também nas operações voltadas ao mercado internacional (exportações) por parte do agronegócio. Anteriormente, esse tipo procedimento era isento de contribuição. “Aquele pequeno produtor que vendia internamente a soja, por exemplo, contribuía ao Fethab e os grandes exportadores que faziam operação direta de Mato Grosso para os países compradores da nossa soja não pagavam”, pontuou ele.

Com o novo texto do Fundo de Transporte e Habitação, prosseguiu Gallo, as alíquotas incidentes sobre os produtos do agronegócio foram alinhadas, melhorando a arrecadação em algumas culturas que contribuíam pouco para o Fundo, principalmente nas vendas externas. “A partir de agora todos os exportadores das principais commodities do Estado para ter o regime especial (do ICMS), que é vantajoso à classe, ficam obrigados a recolher o Fethab”, acrescentou o secretário, lembrando que o Fundo não se trata de um imposto e o contribuinte decide se quer contribuir.

Leia Também:  Suspeito invade casa noturna para estuprar mulher

Com as correções, segundo Rogério Gallo, o Governo atinge seu objetivo que é arrecadar mais e, além disso, compensar as perdas provocadas pela Lei Kandir, que prevê repasses da União ao Estado a título de compensação pela desoneração do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações.

Contribuições

O secretário de Fazenda destacou ainda que os recursos do Fundo oriundos das contribuições estabelecidas em lei são importantes, pois incrementam os investimentos em serviços essenciais favorecendo o desenvolvimento do Estado.

Pelo novo texto, 30% do volume arrecadado com o Fethab será destinado ao setor de Infraestrutura e poderá ser utilizado em execução de obras, manutenção, conservação, melhoramento e segurança nesta área.

Outros 10% irão para realização de projetos e investimentos prospectados pela MT PAR. O restante, 60%, atenderá as áreas de segurança pública, educação e assistência social, via Tesouro Estadual.

Comentários Facebook

AGRONEGÓCIO

Puxada pela soja, produção de grãos em MT deve aumentar 4,4% na safra 2024/2025, estima Conab

A produção de grãos em Mato Grosso deve crescer 4,4% e atingir 97,3 milhões de toneladas na safra 2024/2025, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (14.01).

O 3º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, também aponta para números similares da produção de grãos mato-grossenses. Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,4%, seguido pelo Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (11,8%), Goiás (11,0%), Mato Grosso do Sul (6,7%) e Minas Gerais (5,7%).

De acordo com o levantamento da Conab, o bom desempenho acompanha o clima favorável registrado durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra como a soja, carro-chefe da produção brasileira e mato-grossense.

Em Mato Grosso, a produção da oleaginosa deve ser 17,3% maior do que na safra 2023/2024, com 46,1 milhões de toneladas. Após um ano de quebra na safra, o atual ciclo tende a recuperar a produtividade média das lavouras, estimada em 14% maior. O sojicultor deve colher 3.625 quilos de soja por hectare. No período passado, foi de 3.179 quilos por hectare.

Leia Também:  Sema reforça fiscalização nos rios de MT durante a reta final da Piracema

O arroz e o feijão, a mais importante dupla no prato dos brasileiros, também terão aumento na produção mato-grossense. No caso do feijão, a produção deve ficar 4,3% maior e atingir a marca de 346,5 mil toneladas. Já o arroz teve aumento da área plantada de 17,8%, ou seja, 113 mil hectares. A produção deve chegar a 400,9 mil toneladas, um aumento de 18,8%, em comparação à safra passada.

“Os incrementos nas projeções para o arroz e feijão sinalizam para o maior interesse dos produtores rurais em culturas secundárias e irrigadas e na diversificação da produção estadual. A soja teve uma recuperação expressiva na produtividade mesmo com os problemas climáticos e o atraso nas chuvas”, comentou o coordenador do Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Hideki.

Responsável por 71% da produção brasileira de algodão, Mato Grosso deve ter um leve recuo de 1,2% na colheita com projeção de 6,3 milhões de toneladas, enquanto a safra brasileira prevista é de 8,9 milhões de toneladas.

A produção de milho deve ter recuo de 5,54%, pois o grão é uma opção de segunda safra para a maioria dos produtores. Das 46 milhões de toneladas previstas da produção mato-grossense, apenas 603,6 mil toneladas são de primeira safra. A produtividade de milho por hectare também deve ter redução de 4,7%, com a colheita de 6.590 quilos/ha.

Leia Também:  SES orienta sobre o que fazer em caso de contato com água de alagamentos e enchentes

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o resultado da safra de grãos se deve também à competência dos produtores rurais, que continuam investindo em tecnologia e inovação para alcançar resultados expressivos, mesmo em um cenário de desafios climáticos.

“Esse avanço é resultado direto do compromisso dos produtores mato-grossenses, que estão cada vez mais atentos à modernização das práticas agrícolas e ao uso responsável dos recursos naturais. É nesse sentido que o Governo de Mato Grosso tem trabalhado incansavelmente para fomentar a produção sustentável, incentivando o uso da irrigação como estratégia para mitigar os efeitos da irregularidade das chuvas e garantir maior segurança hídrica e alimentar”, destacou o secretário.

Comentários Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA