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Mato Grosso

Número de homicídios tem redução de 21% na Capital

Nos doze meses de 2018, a Capital de Mato Grosso reduziu 21% os crimes de homicídio e 27% em roubo. A queda é medida em comparação com o mesmo período de 2017. No ano passado, foram contabilizados 114 homicídios, enquanto no mesmo período de 2017 somaram 145 ocorrências. Já o número de roubos, em Cuiabá, de janeiro a dezembro de 2018, foram 5.167 casos. No mesmo período de 2017, o montante totalizou 7.090 roubos.

Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceac), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Outras reduções foram registradas em tráfico e uso de drogas (-34%), furto de veículos (-16%) e roubo de veículos (-2%).

Em 2018, somaram 1.136 casos de tráfico e uso de drogas. Em 2017, foram 1.731. Nos crimes de furto de veículos, a Capital registrou 778 ocorrências nos 12 meses do ano passado. Em 2017, foram 926. Em roubo de veículos, a redução foi de 1.196, em 2017, para 1.167, no ano passado.

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Diante dos números alcançados pelas forças de segurança pública, o delegado geral da Polícia Judiciária Civil (PJC), Mário Dermeval Aravechia de Resende, disse que as reduções foram expressivas e que o objetivo é continuar trabalhando no enfrentamento à criminalidade com investigações efetivas em qualquer que for o delito criminal.

“O foco é que mantenhamos o mesmo potencial que a Polícia Civil vem despendendo em relação ao combate ao crime, buscando a melhoria na parte estrutural para que os policiais tenham condições de agir de maneira forte contra o crime. Investiremos bastante na área de inteligência e buscaremos o aparelhamento da instituição no interior do Estado”, destacou.

O município de Várzea Grande também registrou reduções em roubo (-30%), roubo de veículos (-20%) e tráfico e uso de drogas (-27%). Em 2018, foram 2.460 ocorrências de roubos. No mesmo período de 2017, somaram 3.495 casos. Também em 2018 foram roubados 452 veículos e, em 2017, no mesmo período, foram 564. Nos doze meses de 2018 foram 658 casos de tráfico e uso de drogas e, em 2017, foram 900.

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Na contramão das reduções, os crimes de homicídio, em Várzea Grande, cresceram 23% e o de furto de veículos 7%. De janeiro a dezembro de 2018, foram 80 homicídios. Em 2017, foram 65. Já em 2018, foram 328 veículos furtados e, em 2017, foram 306.

Para o enfrentamento às ações criminais, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, disse que a tropa terá como foco as operações ostensivas. “Vamos colocar a polícia nas ruas para realizar barreiras, blitzes e checagens. Faremos um levantamento de onde a criminalidade mais acontece e vamos agir com força para continuar garantindo reduções nos índices”, destacou.

São unidades das forças de segurança do Estado: Polícia Militar (PM), Polícia Judiciária Civil (PJC), Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

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Destaque

Captações de córneas realizadas pela Politec em 2024 ajudam 300 pessoas a restaurar a visão

No ano de 2024, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ajudou 300 pessoas a voltar a enxergar, através de transplante de córneas realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da captação dos tecidos de vítimas de morte violenta encaminhadas à Diretoria Metropolitana de Medicina Legal (DMML).

O procedimento é realizado após o exame de necropsia em cadáveres que não possuíam doenças impeditivas pré-existentes, em até 12 horas após o óbito, mediante consentimento da família da vítima. Antes do transplante é feito o exame sorológico pela Secretaria Estadual de Saúde para a detecção de doenças infectocontagiosas que possam inviabilizar o procedimento.

A luz penetra no olho através da córnea, a camada clara e curva na frente da íris e da pupila. A córnea atua como camada protetora da parte frontal do olho e também ajuda a concentrar a luz sobre a retina, no fundo do olho.

A Diretoria Metropolitana de Medicina Legal é o maior centro de captação de córneas do Estado, onde 95% dos tecidos são aptos para o transplante. Conforme o coordenador técnico do Banco de Olhos de Mato Grosso, Alexandre Roque, a parceria diminuiu o tempo de espera para o transplante. Atualmente o paciente espera de uma a duas semanas para a realização do procedimento cirúrgico. No ano de 2024, 150 captações geraram 300 transplantes de córneas.

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“O banco de olhos de Mato Grosso é diferenciado do resto do país justamente pela colaboração da Politec. Nós aproveitamos 95% das córneas do IML enquanto outros Estados que coletam córneas em hospitais aproveitam 30% a 35%. Isso acontece, pois as vítimas encaminhadas à DMML são pessoas que gozavam de perfeita saúde e que morreram por alguma tragédia”, apontou o coordenador. Além da DMML, a captação também é feita no Serviço de Verificação de Óbito, gerido pela Secretaria Estadual de Saúde.

O procedimento de coleta é realizado desde o ano de 2007, sendo regulamentado via termo de cooperação firmado entre as Secretarias de Estado de Saúde e de Segurança Pública e o Banco de Olhos de Mato Grosso.

O transplante beneficia tratamentos de doenças como o ceratocone – que causa coceiras constantes nos olhos, o que modifica a curvatura da córnea causando elevados graus de miopia e astigmatismo que não é possível de serem corrigidas com óculos ou lentes de contato; degeneração corneana, que acomete principalmente a idosos, e ceratopatia bolhosa – uma doença ocular que envolve um edema em forma de bolha na córnea.

Os trâmites para a captação devem ser feitos através da Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, que após contato com a unidade de captação, aciona imediatamente o Banco de Olhos.

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Para que a doação seja efetivada, é preciso que a pessoa em vida manifeste o interesse para a sua família. Contudo, quem decide no momento da abordagem é o familiar, sendo ele de primeiro grau (pai, mãe, filhos, avós, esposas se forem casados em cartório).

Alexandre relata que até a realização da coleta existe uma corrida contra o tempo, do momento do óbito até a autorização para a retirada das córneas.

“Quando a família comparece à DMML para a liberação do corpo, uma psicóloga do Banco de Olhos realiza uma abordagem ao familiar e o acolhe em uma sala reservada onde é explicado sobre a possibilidade de doação das córneas da vítima”, afirmou.

O Estado de Mato Grosso é responsável por todo o procedimento, desde a abordagem, retirada das córneas, preparação, transplante e pós-operatório, realizado de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde.

O coordenador ressalta a importância do trabalho social realizado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio da Politec, possibilitando que milhares de pessoas voltem a enxergar. “O IML transforma a dor da perda do ente querido em alegria à população na forma de doação de córnea. É indescritível a emoção e gratidão de todos os familiares envolvidos, tanto dos que doaram quanto dos que receberam as córneas”, finalizou.

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