Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Mato Grosso

Números de emergência da Sesp receberam 7.174 denúncias anônimas em 2018

Os números de emergências da Polícia Judiciária Civil (197) e o Disk Denúncia Nacional (181) receberam, de janeiro a dezembro de 2018, 7.174 denúncias anônimas. As ligações para os canais de emergências são recebidas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O total de atendimentos do 197 correspondem aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. No interior, as denúncias são direcionadas as delegacias municipais e regionais. Já o 181 recebe denúncias de todo o estado.

No ano passado, o tráfico de droga foi o crime com o maior número de denúncias, somando 2.945 casos. Em seguida, veio o uso ou porte de drogas, com 580 ocorrências.

O titular da Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE), Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, destacou que a sociedade tem um papel importante junto com a polícia para o enfretamento ao tráfico de drogas. “É fundamental o apoio da comunidade. Todas as denúncias recebidas são verificadas e na maioria dos casos, o que foi denunciado tem procedência, principalmente quando se trata do tráfico de drogas doméstico, que é um crime que incomoda e faz aumentar outros índices criminais, como por exemplo, roubo e furto”.

Leia Também:  Congresso internacional reúne líderes e especialistas para aprimorar soluções de combates aos incêndios florestais

Ainda em 2018, foram denunciados 375 roubos, 335 portes ilegal de arma de fogo, 232 estelionatos/fraudes e 196 ameaças. Além do 197 e 181, o Ciosp recepciona também os números de emergência da Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros Militar (193), Guarda Municipal (153), Trânsito do Município (118) e a Defesa Civil (199).

Nos doze meses de 2017, os números de denúncias foram ainda maiores e resultaram em 8.329 chamados. Segundo a gerente de denúncias da Sesp, Daise Beckmann Morel Luck, a redução no número das denúncias foi sentida porque muitas delegacias aderiram ao WhatsApp para atendimentos locais.

“Nos municípios, os cidadãos tiveram mais uma ferramenta para fazer a denúncia. As facilidades de comunicação entre a sociedade e a polícia fez com que que parte do atendimento recebido no Ciosp tenha se concentrado nas delegacias. Contudo, a redução não foi tão significativa e boa parte da população continuam a usar os canais de emergência da segurança pública”, argumentou.

No ano de 2017 foram recebidas 3.409 denúncias de tráfico de drogas, 603 de uso ou porte de droga, 623 roubos, 160 receptações, 445 por porte ilegal de arma de fogo, 322 homicídios, 239 furtos ou roubo de veículos, dentre outras ocorrências.

Leia Também:  "Curso de capacitação digital trará mais independência na minha vida", afirma aluna de 58 anos em aula inaugural

Logo após o recebimento da denúncia, a equipe de atendentes encaminha para a unidade policial para a verificação e em seguida, já começa a investigação e a identidade de quem denuncia é mantida em sigilo.

Comentários Facebook

Destaque

Polícia investiga desvio em emendas parlamentares e cita 14 deputados de MT

Quatorze deputados estaduais de Mato Grosso, um prefeito e um secretário de estado são citados em uma investigação da Polícia Civil que apura suposto esquema na execução de emendas parlamentares durante o período eleitoral. Eles negam qualquer irregularidade.

Polícia identificou um grupo criminoso que pode ter gerado prejuízo de R$ 28 milhões aos cofres públicos na compra de kits agrícolas. Os kits continham objetos como roçadeira, motocultivador, adubadeira costal e perfurador de solo. A Operação Suserano foi desencadeada em 24 de setembro de 2024 pela Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção).

Documento obtido com exclusividade pelo UOL mostra que 14 deputados estaduais são citados com suspeitas de envolvimento no esquema. Além deles, o prefeito de Rondonópolis, terceira maior cidade de Mato Grosso, e o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação também são citados na investigação.

Empresário Alessandro do Nascimento é apontado como suposto beneficiado do esquema. Ele seria sócio oculto de empresa que teria recebido dinheiro de emendas parlamentares de 14 deputados. A delegada responsável pelo caso, Juliana Rado, solicitou o encaminhamento do inquérito à Polícia Federal no dia 15 de maio.

Sobrepreço seria de 10,2 milhões. Os parlamentares foram os autores de emendas que resultaram em 24 termos de fomento assinados pela Seaf (Secretaria de Estado de Agricultura Familiar) com o Instituto de Natureza e Turismo – Pronatur para fornecer kits agrícolas comprados com sobrepreço de R$ 10,2 milhões, segundo a investigação.

Empresário teria atuado como sócio oculto de uma rede de empresas que foram destinatárias de emendas. Elas foram pagas pelos seguintes deputados: José Eduardo Botelho (União), que na época era presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT); Juca do Guaraná (MDB); Cláudio Ferreira (PL), atual prefeito de Rondonópolis; Doutor João José (MDB); Alan Kardec (PSB), atual secretário de Ciência e Tecnologia da Informação; Gilberto Cattani (PL); Fabio Tardin (PSB); Julio Campos (União), ex-governador do estado; Faissal Calil (PL); Ondanir Bortolini (PSD); Dr. Eugênio (PSB); Wilson Santos (PSD); Thiago Silva (MDB); Dilmar Dal Bosco (União) e Carlos Avallone (PSDB).

Parlamentares negaram participação no suposto esquema. “Nunca participei de nenhuma entrega de obras ou equipamentos durante o período eleitoral”, disse Eduardo Botelho (União). O prefeito de Rondonópolis (MT), Cláudio Ferreira, afirmou que, enquanto exerceu o cargo de deputado estadual, destinou suas emendas parlamentares com vistas a atender os interesses dos cidadãos mato-grossenses, sendo que todas elas foram entregues e cumpridas.

De acordo com as investigações, o dinheiro dos kits foi pago pelo instituto para a empresa Tupã Comércio e Representações. Segundo a polícia, a empresa estava em nome de um homem que seria laranja do grupo criminoso e trabalhava como treinador de futebol da Associação Atlética e Cultural Nacional, presidida por Nascimento. A associação também recebeu recursos de emendas para o projeto “Craque cidadão” que totalizaram mais de R$ 1 milhão.

Leia Também:  "Sema e Corpo de Bombeiros atuam conjuntamente em busca de eficiência nas ações de prevenção, combate e responsabilização de ilícitos", destaca Secretária

Segundo as investigações, Nascimento planejava comprar dois imóveis nos Estados Unidos por R$ 7 milhões. A polícia suspeita que ele teria atuado para lavar dinheiro no exterior, utilizando um contador nos Estados Unidos.

Procurada, a defesa de Nascimento disse que ele “não foi indiciado ou denunciado, sequer foi ouvido pela Polícia Civil” e negou que o cliente tenha contratos no estado do Mato Grosso.

Nascimento é apontado como pessoa próxima do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB). Conforme as investigações, o parlamentar esteve presente na festa de aniversário de 15 anos da filha de Alessandro. Avalone foi o autor de uma emenda parlamentar de R$ 10 milhões destinada à compra de 25 mil kits de ferramenta da agricultura familiar. Procurada, a assessoria do deputado disse que “não houve entrega de kits em período eleitoral e as entregas feitas pelo deputado foram publicizadas nas redes sociais do parlamentar, para total transparência. O deputado reitera que está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento”.

Procurado o deputado enviou nota à reportagem dizendo que “não indicou entregas nem participou de qualquer entrega dos kits agrícolas. Como o deputado não destinou emendas, indicou beneficiários ou participou de entregas dos kits agrícolas, fica evidente seu distanciamento do caso”.

Caixa com anotações foi recuperada

Um dia antes de a operação ser deflagrada, em 24 de setembro de 2024, Nascimento teria descoberto as investigações. Segundo a polícia, ele deixou na casa de um casal de amigos uma caixa, na tentativa de evitar que o material fosse apreendido. A caixa foi entregue pelo próprio Nascimento à Polícia Civil dias depois.

Nela, foram verificadas anotações com os nomes de deputados estaduais. As anotações trazem os nomes de Eduardo Botelho (União) e Ondanir Bortolini (PSD), este último conhecido como Nininho.

Leia Também:  Congresso internacional reúne líderes e especialistas para aprimorar soluções de combates aos incêndios florestais

“500k Nininho” e “1m Botelho” e, abaixo, “Distribuição e fomento de materiais esportivos para?”, diziam as anotações. Os cadernos que o investigado supostamente tentou esconder também mostram anotações em nome de Dr. Eugênio (PSB), Dilmar Dal Bosco (União), Faissal Calil (PL), Carlos Avalone (PSDB) e Thiago Silva (MDB).

A polícia também identificou que diversos deputados estaduais solicitaram produtos para a empresa Tubarão Sports. Segundo a polícia, a empresa também tem Nascimento como sócio oculto. Os deputados que fizeram estas solicitações, segundo a polícia, foram: Eduardo Botelho (União), Juca do Guaraná (MDB), Claudio Ferreira (PL), Doutor João José (MDB), Alan Kardec (MDB).

“500k Nininho” e “1m Botelho” e, abaixo, “Distribuição e fomento de materiais esportivos para?”, diziam as anotações. Os cadernos que o investigado supostamente tentou esconder também mostram anotações em nome de Dr. Eugênio (PSB), Dilmar Dal Bosco (União), Faissal Calil (PL), Carlos Avalone (PSDB) e Thiago Silva (MDB).

A polícia também identificou que diversos deputados estaduais solicitaram produtos para a empresa Tubarão Sports. Segundo a polícia, a empresa também tem Nascimento como sócio oculto. Os deputados que fizeram estas solicitações, segundo a polícia, foram: Eduardo Botelho (União), Juca do Guaraná (MDB), Claudio Ferreira (PL), Doutor João José (MDB), Alan Kardec (MDB).

“Documentos obtidos indicam que houve participação direta dos deputados nos eventos de entrega, utilização política desses eventos em período eleitoral e coleta de informações pessoais dos beneficiários (nome, CPF, telefone e endereço)”. Trecho do relatório obtido pela reportagem do UOL.

“Diante disso, verifica-se, em princípio, a existência de atribuição da Polícia Federal para a condução e/ou continuidade das investigações, especialmente considerando os indícios de prática de crime eleitoral anteriormente mencionados”. Juliana Rado, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção.

Fonte: UOL Notícias

Comentários Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA