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PIB-Agro/CEPEA: Agroindústria se recupera e impulsiona PIB do agronegócio em 2018

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Cepea, 30/05/2018 – Depois do já expressivo crescimento registrado em 2017 – de 7,6%, com importante impulso ao PIB nacional –, novamente, o agronegócio brasileiro deve crescer em 2018, segundo indica pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). As primeiras estimativas para o PIB-volume do agronegócio em 2018 apontam alta de 5,5% no ano.

 

Diferentemente do cenário do ano passado, em 2018, pesquisadores do Cepea destacam que o impulso ao setor vem dos elos industriais, diante de estabilidade prevista para o PIB-volume do segmento primário. Desde meados de 2017, a agroindústria brasileira vem reagindo aos sinais de recuperação da economia brasileira, ainda que modestos, e recuperado sua produção e nível de empregos (Confira aqui relatório sobre Mercado de Trabalho do agronegócio brasileiro).

 

Para o segmento de insumos, estima-se crescimento de 2,9% no ano e, para a agroindústria, de 9%. Vale lembrar que o patamar de comparação, ou o primeiro bimestre de 2017, é bastante baixo. Pesquisadores do Cepea indicam que a expansão agroindustrial impulsionou ainda o segmento de agrosserviços, para o qual estima-se expansão de 6,6% em 2018, refletindo a grande quantidade de serviços necessários para o transporte e comercialização da elevada produção.

 

Ainda, quanto ao relativamente modesto desempenho do segmento primário do setor, destaca-se que a variação leva em conta o patamar recorde de produção de 2017. Segundo a Conab, mesmo com a safra brasileira de grãos diminuindo 2,1% em 2018 frente ao ano anterior, ainda será a segunda maior da história.

 

Quantos aos preços, as estimativas atuais do Cepea/CNA apontam para perda de 6,5% nos preços relativos do agronegócio, indicando que os produtos do setor estão se desvalorizando frente à média da economia. Assim como observado em 2017, a pressão baixista da média de preços reais de produtos do agronegócio acabou suprimindo a evolução significativa em volume de produção e, com isso, estima-se queda de 1,3% no PIB-renda do setor. Entre os segmentos, a redução do PIB-renda é pressionada unicamente pelo primário, para o qual o recuo é estimado em 20,1%. Para os demais segmentos, impulsionado pelo bom volume de produção, o PIB-renda deve crescer.

 

Pesquisadores do Cepea ressaltam que os efeitos da atual greve de caminhoneiros, que afetam o agronegócio, ainda não são avaliados nesta estimativa do PIB. Mas essas questões provavelmente terão reflexos nos resultados do setor (ainda não sendo possível avaliar em que magnitude) e poderão ser verificados nas próximas estimativas do PIB. A princípio, de acordo com informações do Cepea, os setores de aves, suínos e leite, que já passavam por dificuldades antes da paralisação, parecem ser os mais fragilizados diante da atual greve (confira mais aqui).

 

Clique aqui e acesse relatório detalhado. 

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o PIB brasileiro aqui e por meio da Comunicação Cepea, com o prof. Geraldo Barros e a pesquisadora Nicole Rennó: (19) 3429-8836 / 8837 e [email protected].

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LEITE/CEPEA: Oferta limitada segue impulsionando cotações ao produtor

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Cepea, 29/06/2018 – Os preços do leite ao produtor em junho (referentes à captação de maio) registraram a quinta alta consecutiva, impulsionados pela menor oferta. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o valor líquido se elevou em 3,3% frente ao mês anterior, chegando a R$ 1,296/litro “Média Brasil” (inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS). Considerando-se o acumulado deste primeiro semestre, a alta é de 28%.

 

O aumento dos preços em junho foi inferior aos registrados nos meses anteriores – em abril e maio, por exemplo, a valorização do leite superou os 7%. Isso ocorreu porque, em maio, quando ocorreu a captação do leite no campo, agentes da indústria relatavam dificuldades em fazer o repasse da valorização da matéria-prima aos derivados, alegando demanda enfraquecida. Com negociações truncadas, a necessidade de realizar promoções freou a valorização do leite spot e também dos derivados, em especial do UHT, fator que limitou a elevação dos preços ao produtor em junho.

 

No entanto, a oferta limitada tem pesado mais que a demanda no processo de formação de preços no campo, ditando a dinâmica do mercado lácteo neste ano. O setor sofre com as consequências dos baixos preços praticados no segundo semestre de 2017, que desestimulou produtores a investirem na atividade. Além disso, com o avanço da entressafra e o aumento dos preços dos grãos entre abril e maio deste ano, a produção foi prejudicada, elevando a competição entre indústrias para assegurar o fornecimento de matéria-prima.

 

Para completar, a greve dos caminhoneiros no final de maio e a consequente interrupção do transporte de leite aos laticínios agravou ainda mais esse cenário. O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L) recuou expressivos 14,4% de abril para maio, acumulando queda de 24,1% no ano. Paraná e Minas Gerais foram os estados com maior redução do volume captado, em 20,6% e em 15,1%. O resultado, atípico, esteve atrelado ao grande volume descartado de leite ainda nas propriedades.

 

No correr de junho, os laticínios e canais de distribuição enfrentaram a situação conjunta de esvaziamento de estoques. Como consequência, os preços dos derivados se elevaram consideravelmente. O longa-vida, termômetro para o setor, se valorizou quase 30% na primeira quinzena de junho. Na segunda metade do mês, a valorização foi menos intensa, de 5,8%.

 

Para julho, por sua vez, a competição das empresas em junho para compra do leite com o objetivo de recompor estoques deve sustentar a alta dos preços ao produtor. A alta no próximo mês, inclusive, pode superar a verificada em junho.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o mercado lácteo aqui e por meio da Comunicação do Cepea, com a pesquisadora Natália Grigol e Prof. Dr. Sergio De Zen: (19) 3429 8836 / 8837 e [email protected].

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