Pesquisar
Close this search box.

Destaque

RONDONÓPOLIS: Homem-bomba é condenado a 51 anos de reclusão por ataques em mercados

Rodrigo Machado de Oliveira foi condenado a 51 anos e cinco meses de reclusão e 70 dias-multa pelos ataques a bomba em duas unidades do Supermercado Tropical, realizados no ano passado, em Rondonópolis (a 212km de Cuiabá). O réu foi submetido ao Tribunal do Júri da comarca, na segunda-feira (16), em sessão de julgamento que durou cerca de 18 horas, atuando no plenário a promotora de justiça Ludmilla Evelin de Faria S. Cardoso. Conforme a sentença lavrada pelo magistrado Leonardo Costa Tumiati, o condenado iniciará o cumprimento da pena em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade.

O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso e condenou o réu pelos crimes de homicídio tentado, explosão, extorsões e por posse de artefato explosivo ou incendiário.

O caso – Conforme a denúncia da 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Rondonópolis, no dia 4 de abril de 2023, Rodrigo Machado de Oliveira, dizendo “ser membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência”, entrou em contato via aplicativo de mensagens com o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do Supermercado Tropical, exigindo o pagamento de R$ 300 mil em criptomoedas, sob pena de ataques contra as 11 lojas que compõem a rede de supermercados caso não fosse atendido até o final da tarde daquele dia.

Leia Também:  SES orienta sobre o que fazer em caso de contato com água de alagamentos e enchentes

Por volta das 18h, Rodrigo Machado de Oliveira explodiu um artefato que estava fixado no Supermercado Tropical – Vila Operária, querendo e assumindo o risco de matar consumidores e funcionários inocentes. Os estilhaços arremessados atingiram as vítimas Davi Yuri Santos Nogueira, de apenas sete anos de idade, e Tatiane Arruda da Silva, que não perderam a vida por circunstâncias alheias à vontade do acusado. Davi foi socorrido por um cidadão, Diego, que também estava no local. Eles receberam atendimento médico e foram submetidos a cirurgias de urgência.

O menino teve fraturas na bacia, no joelho, na perna direita e na mão esquerda, e por todo o seu corpo havia fragmentos arremessados em decorrência da explosão, inclusive nos olhos. Ele foi operado e ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional. Já Tatiane Arruda da Silva sofreu rompimento de tendões no pé direito e passou por cirurgia em um hospital particular da cidade. Ela teve que ficar em repouso por três meses após ser operada.

Além dos ferimentos causados nas vítimas, o acusado causou prejuízos patrimoniais aos sócios do estabelecimento comercial.

No dia seguinte, 5 de abril de 2023, ciente da extensão dos danos ocorridos em razão da repercussão nas redes sociais, Rodrigo entrou novamente em contato com o estabelecimento comercial e fez outra ameaça, exigindo o pagamento de R$ 300 mil sob pena de causar nova explosão. Ele ameaçou divulgar nas mídias digitais que a rede de supermercados estaria sendo alvo de bombas em razão de ter emprestado dinheiro de uma organização criminosa e não efetuado o pagamento. A intenção era fazer com que o supermercado perdesse clientes e que agentes policiais interditassem as lojas, causando prejuízo financeiro.

Leia Também:  Mulher é estuprada após festa e abandonada em pasto de MT

Diante da nova ameaça, as lojas da rede foram fechadas e passaram por uma varredura. Na unidade Jardim Tropical foi encontrado um objeto do tipo cilindro de cor preta, com características de artefato explosivo. Após essa constatação, as equipes especializadas da Polícia Civil (GOE) e Polícia Militar (Bope) foram acionadas para inutilizar o instrumento. Atuou nas investigações o delegado Santiago Rozendo Sanches e Silva.

Rodrigo de Oliveira foi identificado durante as investigações policiais pelo rastreamento do telefone celular e imagens de câmeras de segurança. Segundo apurado pela polícia, ele possuía mais de 15 anos de experiência no manuseio de explosivos e, desde outubro de 2022 estava articulando o plano, com a compra de equipamentos, confecção dos artefatos e escolha da empresa vítima.

Comentários Facebook

Brasil

Receita revoga ato normativo que previa fiscalização do Pix

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, anunciaram há pouco a revogação da instrução normativa e a edição da medida provisória. A MP também reforçará princípios garantidos pela Constituição nas transações via Pix, como o sigilo bancário e a não cobrança de impostos nas transferências pela modalidade, além de garantir a gratuidade do Pix para pessoas físicas.

“Essa revogação se dá por dois motivos: tirar isso que tristemente virou uma arma nas mãos desses criminosos e inescrupulosos. A segunda razão é não prejudicar a tramitação do ato que será anunciado [a medida provisória]”, explicou Barreirinhas.

Com a edição da MP, nenhum comerciante poderá cobrar preços diferentes entre pagamentos via Pix e em dinheiro, prática que começou a ser detectada nos últimos dias. Para Haddad, a medida provisória extinguirá a onda de fake news em relação à taxação do Pix, que tomou conta das redes sociais desde o início do ano.

“A medida provisória reforça os dois princípios e praticamente equipara o Pix ao pagamento em dinheiro. O que isso significa? Que essas práticas utilizadas hoje com base na fake news de cobrar a mais o que é pago em Pix está vedado. Ou seja, o que cobra em dinheiro poderá cobrar em Pix. Quem quer usar o Pix vai ter que pagar o mesmo valor em dinheiro, sem nenhum acréscimo”, disse Haddad.

Leia Também:  Puxada pela soja, produção de grãos em MT deve aumentar 4,4% na safra 2024/2025, estima Conab

O ministro reforçou que a medida provisória, na verdade, reforça princípios já existentes em relação ao Pix, apenas esclarecendo pontos distorcidos por disseminadores de fake news nos últimos dias.

“O Pix estará protegido pelo sigilo, como sempre foi. [O que estamos fazendo] é só a ampliação, o reforço da legislação, para tornar mais claro esses princípios já estão resguardados pela medida provisória. Para evitar a má interpretação, a tentativa de distorcer o intuito da Receita Federal, ela está tomando a medida que o Barreirinhas já anunciou”, explicou Haddad.

“Tudo isso tem um único objetivo: salvaguardar a economia popular, salvaguardar as finanças das pessoas mais pobres, o pequeno comerciante e a dona de casa que vai fazer suas compras, e equiparar o pagamento em Pix ao pagamento em dinheiro”, completou o ministro.

Haddad negou que a revogação do ato seja o reconhecimento da derrota para as fake news. “Pelo contrário. Isso é impedir que esse ato [a instrução normativa] seja usado como justificativa para não votar a MP. Estamos lançando uma medida provisória e queremos que ela seja discutida com sobriedade pelo Congresso Nacional”, justificou.

Leia Também:  Cão farejador ajuda encontrar 46 kg de drogas em caminhão na BR-163

Comentários Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA