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Agro Negócio

RS tem a menor inadimplência rural do país e Norte lidera ranking

Mesmo após enfrentar perdas bilionárias, colheitas destruídas e infraestrutura comprometida por desastres climáticos, os produtores rurais do Rio Grande do Sul são campeões em mantem em dia seus compromissos financeiros.

No primeiro trimestre de 2025, o Estado registrou o menor índice de inadimplência rural entre pessoas físicas, com apenas 4,8% de atrasos em pagamentos ligados à atividade agropecuária, segundo levantamento da Serasa Experian – empresa de análise de crédito que monitora dados financeiros de consumidores e empresas no Brasil.

O resultado reforça a resiliência do setor, que, apesar da calamidade pública vivida recentemente, segue honrando compromissos financeiros e mantendo o ciclo produtivo ativo. Na média nacional, a inadimplência entre produtores rurais pessoa física chegou a 7,9%, alta de 0,3 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024 e de 0,9 ponto frente ao mesmo período do ano passado. A pesquisa da Serasa considera dívidas vencidas há mais de 180 dias, com valor mínimo de R$ 1 mil.

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A análise por porte mostra que grandes proprietários rurais registraram os maiores níveis de inadimplência, com 10,7%, acima da média nacional. Em seguida, estão os produtores sem registro de cadastro rural, como arrendatários ou integrantes de grupos familiares, com 9,5%. Entre os médios e pequenos, os percentuais foram de 7,8% e 7,2%, respectivamente.

No recorte por região, o Norte apresentou o maior índice de inadimplência rural, com 11,5%, seguido pelo Nordeste (9,4%), Centro-Oeste (8,5%), Sudeste (6,7%) e Sul (5,4%). Entre os Estados, os cinco com maiores percentuais foram: Amapá (21,2%), Rio Grande do Norte (12,8%), Ceará (12,4%), Amazonas (12,3%) e Roraima (12,2%).

O levantamento da Serasa também avaliou o comportamento conforme o segmento do credor. As instituições financeiras que operam com crédito rural concentraram 7,1% da inadimplência registrada. Já no chamado “Setor Agro”, que inclui empresas de insumos, máquinas, armazenagem e revendas, o percentual de inadimplência entre produtores foi de apenas 0,3%. Nos “outros setores relacionados”, o índice ficou em 0,1%. Se no geral 7,9% dos produtores estão inadimplentes, nesse recorte o percentual é ainda menor.

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Fonte: Pensar Agro

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Decreto regulamenta BR do Mar e abre exportações pelo Rio Paraguai

O governo publicou nesta quarta-feira (16/07) o Decreto 12.555/2025, que regulamenta o programa BR do Mar e moderniza leis anteriores para transformar a navegação fluvial e marítima em modal eficiente de escoamento. A medida representa um avanço significativo para o agronegócio, que ganha opção com menor custo logístico e menor impacto ambiental.

Com a nova regulamentação, rotas como o Rio Paraguai passam a conectar os portos de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho (MS) e projetos em Cáceres (MT) ao Atlântico Sul por meio de terminais no Paraguai (Villeta e Concepción), na Argentina (Rosário) e no Uruguai (Nueva Palmira). Essa articulação multimodal pode reduzir o custo do frete em até 60% e cortar até 80% das emissões de carbono, contribuindo para a agenda de sustentabilidade.

Em números recentes da Semadesc, os portos de Corumbá e Porto Murtinho movimentaram 4,5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, superando o total de 2024. O desempenho reafirma o potencial da Hidrovia do Rio Paraguai para escoar soja, minério, carne e outros produtos agrícolas com eficiência.

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O decreto também autoriza o afretamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras de navegação (EBNs), com incentivos que privilegiam navios sustentáveis. Essa flexibilização abre espaço para ampliar a frota nacional, estimular a indústria naval e inserir agentes de menor porte no setor.

Segundo a Infra SA, a cabotagem hoje representa apenas 11% do transporte de cargas por navio no país. A expectativa é elevar esse indicador para cerca de 15% em até dez anos com o BR do Mar. O impacto positivo pode chegar a uma economia anual de R$ 19 bilhões em frete, com até 40% de vantagem sobre o modal ferroviário e 60% sobre o rodoviário, além de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Para o agronegócio, essa mudança significa resgatar a ideia de utilizar os rios como verdadeiras “avenidas de exportação”. Produtores e exportadores da região Centro-Oeste poderão escoar parte da produção permitindo escoar matéria-prima e produtos com mais competitividade e previsibilidade, aliviando as rodovias já sobrecarregadas.

A proposta atende demandas de entidades do setor, que apontam que o transporte rodoviário encarece a produção e desfavorece a competitividade internacional. Com o novo marco, integra-se o Brasil em uma estratégia logística intermodal mais sustentável e eficaz — com impactos positivos no desenvolvimento regional, geração de empregos e preservação ambiental.

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Em sua página no Linkedin (leia aqui) o presidente do Instituto do Agronegócio comenta a importância desta regulamentação para a logística do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

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