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APROSOJA

Segurança pública em propriedades rurais de MT é tema do Circuito Aprosoja

Fortalecimento Institucional

Segurança pública em propriedades rurais de MT é tema do Circuito Aprosoja

Palestras conduzidas por Major Cândido, da Força Tática, alertam para cuidados que agricultores devem ter no dia a dia


Ascom Aprosoja

23/05/2018

O número de roubos e furtos em propriedades rurais de Mato Grosso é crescente. De acordo com dados da Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal, ligada à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), em 2013 foram 96 roubos, enquanto em 2017 este número chegou a 230. 
 
No caso de furtos, os números são ainda maiores: em 2013 foram 992 ocorrências e, no ano passado, 1649. A realidade, no entanto, pode começar a mudar. 
 
É que neste ano, a 13ª edição do Circuito Aprosoja conta com a palestra “Segurança nas Propriedades Rurais: Orientação e Prevenção”, realizada pelo Major Cândido, comandante da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar de Força Tática de Mato Grosso. A palestra é reflexo da pareceria firmada entre a Sesp e a associação no ano passado, com foco na diminuição de roubos e furtos na área rural de Mato Grosso por meio do Projeto Monitor. 
 
De forma clara e objetiva, o Major levou durante o evento na Região Norte, entre os dias 14 e 18 de maio, dicas de como os agricultores podem prevenir que crimes venham a acontecer em suas fazendas. 
 
“As palestras têm muita importância tendo em vista que os crimes nas propriedades rurais não são conhecidos, até mesmo pelos próprios agricultores. Se a pessoa não tem sua propriedade atingida por um crime, ela não tem conhecimento do que há na sua região. As palestras são importantes porque alertam os proprietários para as medidas de segurança primárias e também para as missões e operações que a Polícia Militar tem feito. Já passamos pelas regiões Norte, Sul e Oeste com o Circuito e notamos como as palestras tem surtido efeito”, afirmou. 
 
O Major Cândido lembra que em Rondonópolis, onde ele fica lotado, o abigeato (furto a gado), por exemplo, foi zerado. “O que foi possível graças ao apoio do Sindicato Rural.  Lembramos que o apoio do proprietário rural é imprescindível para que haja o sucesso dessas operações. Na Região Sul, por exemplo, nós montamos um grupo de WhatsApp, onde os agricultores mandam suas localizações e, a partir disso, formamos quadrantes e montamos o patrulhamento. Nosso objetivo é que os patrulhamentos dessa forma sejam estendidos para todo o Mato Grosso e, neste sentido, as palestras têm sido fundamentais. Com certeza a parceria entre a Sesp e a Aprosoja surtirá efeitos que serão colhidos ao longo do tempo, com a diminuição dos crimes na área rural”, definiu. 
 
Dicas – Durante a palestra, o Major Cândido tem dado dicas simples, porém que influenciam diretamente a redução de roubos e/ou furtos nas propriedades rurais de Mato Grosso. 
 
Dentre eles, é sugerido que as fazendas tenham depósitos de alvenaria, com pé direito alto (cerca de quatro metros) e sem janelas. A ventilação pode ser feita por meio de fileiras de tijolos vazados, próximo ao teto e ao piso (50 centímetros acima da altura do piso) e com exaustores no teto. 
 
A porta, conforme o Major, não deve ser trancada com cadeados, que são facilmente rompidos, mas sim com trancas de quatro pontos nas paredes. Outra dica importante é que os produtores construam guaritas na entrada de suas fazendas, bem como protejam suas propriedades com cercas e não deixem que a entrada em seus depósitos, principalmente de defensivos agrícolas, seja permitida a qualquer um. 
 
Circuito Aprosoja – O Circuito Aprosoja está sem sua 13ª edição e também conta com palestras do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do diretor executivo do Instituto Pensar Agro (Ipa), João Henrique Hummel, que tem falado sobre “A importância da representatividade de classe na Política Brasileira". O presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, também tem batido um papo com os produtores, respondendo as principais dúvidas.
 
Na próxima semana, entre os dias 28 de maio a 1º de junho, o circuito percorre a Região Leste. A programação será da seguinte forma: Gaúcha do Norte (28/05), Canarana (29/05), Querência (30/05), Porto Alegre do Norte (31/05, às 8h30), Água Boa (31/05, às 18h30) e Nova Xavantina (1º/06). Mais informações aqui
 

Fonte: Ascom Aprosoja


Assessoria de Comunicação

Contatos: Telefone: 65 3644-4215

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Agricultura

Aprosoja-MT acusa Moratória da Soja de cartel e pede investigação ao Cade

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou um pedido formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar práticas comerciais das empresas signatárias da Moratória da Soja. A entidade argumenta que o pacto, firmado em 2006 para conter o desmatamento no bioma amazônico, transformou-se em um mecanismo de exclusão econômica que viola o princípio da livre concorrência e prejudica os produtores que seguem a legislação ambiental.

A principal queixa da Aprosoja-MT é que a Moratória extrapola o Código Florestal, que permite o uso de até 20% das áreas de floresta na Amazônia Legal para produção, desde que estejam devidamente licenciadas. No entanto, segundo a entidade, as tradings signatárias da moratória, que representam 90% do mercado, recusam-se a comprar soja cultivada nessas áreas legalmente abertas, adotando a política de “desmatamento zero”.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, critica o impacto econômico do acordo, que afeta diretamente 65 municípios e 2,7 milhões de hectares no Mato Grosso. “Quando desprezou o direito dos agricultores, a Moratória da Soja deixou de ser uma solução ambiental para se tornar um obstáculo ao progresso econômico de regiões inteiras”, afirmou Beber. A entidade calcula que as restrições resultam em perdas superiores a R$ 20 bilhões.

No pedido, a Aprosoja-MT sustenta que a Moratória configura um cartel de compra, no qual as tradings atuam de forma coordenada para limitar a comercialização da soja e controlar preços, ferindo a livre iniciativa e os princípios constitucionais da economia de mercado.

Sidney Pereira de Souza Jr., advogado da Aprosoja-MT, afirmou que a investigação pode comprovar a existência de um boicote coletivo. “Há indícios claros de uma atuação coordenada que restringe o mercado e prejudica milhares de agricultores, que têm o direito de ver sua produção reconhecida e comercializada de forma justa.”

A Moratória da Soja foi criada como um compromisso entre empresas, ONGs, governo e sociedade civil para evitar desmatamentos ilegais no bioma amazônico, impondo restrições à compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008. Contudo, a Aprosoja-MT alega que o pacto impõe barreiras supralegais aos produtores que cumprem o Código Florestal, estabelecendo critérios adicionais que não têm respaldo na legislação brasileira.

A entidade ressalta que o Código Florestal, aprovado em 2012, já estabelece regras claras para a proteção ambiental e o uso da terra. “O acordo da moratória pune quem age dentro da legalidade, o que é inaceitável. Precisamos garantir que a legislação nacional seja respeitada, e não suplantada por critérios impostos unilateralmente”, disse Beber.

Leia Também: Setor sucroalcooleiro já moeu quase 620 milhões de toneladas nesta safra

 

Câmara dos Deputados e Senado já haviam solicitado ao Cade a abertura de uma investigação sobre o impacto da Moratória da Soja, apontando possíveis violações à livre concorrência. A Aprosoja-MT reforçou esses pedidos com novos dados técnicos e pareceres jurídicos, argumentando que o pacto compromete o desenvolvimento econômico das comunidades locais e prejudica o mercado nacional de soja.

Com o Mato Grosso ocupando posição de destaque na produção global de soja, a investigação do Cade pode ter amplas repercussões no setor, impactando não apenas o agronegócio brasileiro, mas também o comércio internacional de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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