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Mato Grosso

Sema terá Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade Ambiental

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e Sinop Energia firmaram, nesta sexta-feira (25), Termo de Compromisso Ambiental para implantação do Plano de Apoio Operacional que irá assegurar R$ 25 milhões em investimentos para fortalecimento das ações da Pasta. Com a assinatura do documento, será criado um Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade Ambiental.

“As informações sobre o meio ambiente em Mato Grosso serão recebidas e reunidas em um banco de dados acessível aos técnicos da Pasta e comunidade científica, subsidiando a tomada de decisão dos gestores, definição de políticas públicas e enriquecimento dos processos de licenciamento ambiental”, destaca a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.

O Centro terá salas para monitorar o desmatamento, simulação de cenários de licenciamento e sala de situação de recursos hídricos. O laboratório de qualidade da água da Sema também funcionará em total integração com a nova estrutura.

“O investimento no Centro de Monitoramento será uma referência no Brasil e com isso daremos passos importantes para que Mato Grosso possa continuar aumentando a sua produção, continuar trazendo as pessoas para a regularidade ambiental e contribuindo com o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso”, enfatizou o governador Mauro Mendes durante a assinatura do termo.

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Para o diretor-presidente da Sinop Energia, Jean-Christophe Delvallet, Mato Grosso reúne as qualificações necessárias para ser uma referência mundial na difícil jornada de aliar proteção do meio ambiente com o desenvolvimento econômico e proteção da população do Estado.

Além do Centro, o Plano de Apoio Operacional também irá garantir o investimento de R$ 9 milhões no Cadastro Ambiental Rural, uma vez que uma das recomendações do Ministério Público Estadual estabeleceu a regularização das reservas legais dos imóveis rurais atingidos pelo lago. Também está previsto no plano a recuperação de chalana para ações de fiscalização e monitoramento de qualidade da água e a capacitação de servidores do licenciamento que atuam na análise de empreendimentos de alto impacto ambiental.

Com a assinatura do TCA, prestação das informações ao Ministério Público do Estado (MPE) e aprovação do Plano de Enchimento do Reservatório, a Sinop Energia recebeu a autorização para começar a encher o lago. Todo o processo de represamento da água, será acompanhado por uma equipe multidisciplinar de profissionais tanto da sede, quanto da unidade regional da Secretaria em Sinop, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMPA) e Delegacia Especializada de Meio Ambiente (DEMA).

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O objetivo da supervisão é assegurar um intenso monitoramento das condicionantes estabelecidas para assegurar uma resposta rápida caso ocorra alguma intercorrência durante o enchimento. Após essa etapa, confirmada a segurança e cumprimento dos requisitos necessários, o empreendimento terá a autorização necessária para entrar em operação.

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Destaque

Filha questiona laudo de insanidade de assassino da mãe em Lucas do Rio Verde

A biomédica Caroline Fernandes, 24, questionou, com indignação, o laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT) apontar que o engenheiro-agrônomo Daniel Bennemann Frasson, pode ser considerado inimputável em razão de um suposto quadro depressivo. Ele é acusado de assassinar a mãe da Caroline, Gleici Keli Geraldo de Souza, 42, a facadas.

 

Caroline, que hoje cuida da irmã mais nova, divulgou uma série de textos questionando diretamente as conclusões do exame psicológico e pedindo que a Justiça não permita que o acusado se esconda atrás de uma condição psiquiátrica. “Como alguém que se formou, que trabalhava, que já teve carteira assinada, que tem um CNPJ (ou tinha até então), que já tirou passaporte, que dirigia, que fazia todas as atividades rotineiras possíveis, pode ser dito como ‘mentalmente insano’?”, escreveu.

Ela ironiza justificativas apresentadas pela defesa: “‘Estava com depressão’, ‘tomava remédios’, ‘surto psicótico’, ‘aplicou Ozempic’ (essa é ótima). Às vezes parece uma piada de muito mau gosto”, prosseguiu.

 

A biomédica cita uma série de comportamentos do padrasto que, segundo ela, demonstram plena lucidez antes do crime.

“Engraçado que quando ia fazer churrasco, beber, fazer festa, ou discutir com a minha mãe por qualquer coisinha, estava em plenas faculdades mentais. Quando ele fazia planilhas no computador sobre tudo o que ela ‘gastava’ para depois cobrá-la, ele era são. Quando estragava datas comemorativas importantes para ela, estava lúcido”, prosseguiu.

 

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Caroline ainda relata episódios que, segundo ela, demonstram manipulação emocional. “Quando se afastava dela emocionalmente quando algo legal acontecia, ao invés de comemorar junto, não era ‘doente’. Quando a culpa de tudo era da minha mãe ou de qualquer outra pessoa, menos dele”, pontuou.

Em outro trecho, Caroline rebate a tese de incapacidade de entendimento no momento do crime. “Maldade, crueldade, egoísmo, inveja. Não são doenças. São escolhas”, aponta.

 

Ela questiona como alguém supostamente incapaz de compreender seus atos teria tido comportamentos racionais logo após o ataque. “Como alguém ‘incapaz de compreender o que estava fazendo’, abraça a própria filha pedindo desculpas por ter assassinado a mãe dela… e a apunhala com 4 facadas nas costas, deita ela e dá mais 4 no peito? Como alguém em surto manda mensagem para o irmão contando o que fez? Conversa no telefone? Silêncio em depoimento não é surto. É autodefesa”, disse.

Caroline reforça que não banaliza transtornos mentais:“Usá-los como saída para justificar um crime tão cruel é, no mínimo, um insulto”.

Irmã sobreviveu

O crime ocorreu em junho deste ano, em Lucas do Rio Verde, e chocou o estado: Gleici dormia ao lado da filha de 7 anos quando foi atacada com 16 facadas, e a menina também foi ferida.

 

A jovem descreve o impacto profundo do crime na vida da irmã sobrevivente. “Minha irmã tem medo de dormir sozinha, medo de dormir primeiro que eu, medo de acordar depois de mim. Me pede para guardar os talheres antes de dormir.
Precisa de acompanhamento psicológico, psiquiátrico, cardiológico, neurológico, nefrológico… Toma medicação controlada.
Passou 22 dias na UTI, precisou reaprender a comer e a andar.”

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Caroline encerra afirmando que a luta continuará. “Eu ainda não perdi a fé. Não perdi a esperança na Justiça.
O mínimo que minha mãe merece é que o assassino pague pelo que fez. O mínimo que minha irmã merece é estar segura… saber que existiu justiça para ela e nossa mãe.Isso não acabou”, finaliza.

Laudo

Gleici Keli Geraldo de Souza foi morta enquanto dormia, no dia 24 de junho, com 16 facadas. A filha de 7 anos também foi atingida, sobreviveu após dias na UTI e hoje vive com Caroline. Após o ataque, Daniel tentou tirar a própria vida, foi socorrido e depois transferido para o Centro de Ressocialização de Sorriso, onde permanece.

O laudo da Politec concluiu que Daniel Bennemann Frasson pode ser inimputável, ou seja, que no momento do crime ele não teria plena capacidade de entender o caráter ilícito do ato. O engenheiro segue preso preventivamente, recebendo medicação na unidade prisional.

Com o documento pericial finalizado, o processo volta a tramitar. A Justiça iniciará a fase de instrução, com oitiva de testemunhas e do próprio acusado. Ao final, será definido se o réu será levado ao Tribunal do Júri ou submetido a medida de segurança, caso prevaleça o entendimento de inimputabilidade.

A defesa havia solicitado o incidente de insanidade mental alegando “perda de realidade, depressão e sintomas de síndrome do pânico”.

Fonte: GazetaDigital

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