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Mato Grosso

Tese apoiada pela Fapemat destaca viabilidade do capim-elefante para geração de energia na agroindústria

Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), uma tese de doutorado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do campus de Sinop, estudou o potencial do capim-elefante BRS Capiaçu (Pennisetum purpureum Schum) como matriz energética para usinas de etanol e demais agroindústrias.

Conforme o autor da tese, professor Roberto Carlos Beber, os resultados demonstram que o capim-elefante pode produzir uma biomassa que pode ser fonte de energia elétrica nas usinas de etanol e garantir, ao mesmo tempo, a preservação da floresta amazônica.

“O uso de capim-elefante pode minimizar ou até substituir o uso da madeira de floresta nativa como biomassa para geração de energia sustentável. Seu potencial energético é similar ao eucalipto e com potencial equivalente às madeiras de árvores nativas da Amazônia. Porém, a vantagem é que, com o capim, não haveria desmatamento”, explicou o professor.

Os pesquisadores Evaldo Martins Pires e Roberta Martins Nogueira, que orientaram Roberto na tese de doutorado, apontam que a agroindústria mato-grossense demanda um consumo energético cada vez maior.

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“O consumo por energia tem gerado uma pressão progressiva sobre o bioma local, já que as madeiras nativas não são capazes de atender a toda a demanda, quando se busca valorizar o contexto ambiental”, destacam os pesquisadores.

Conhecida por sua alta produtividade, o capim-elefante pode alcançar a produção de 50 toneladas por ano. Atualmente, a planta é utilizada na alimentação de ruminantes, como bovinos e ovinos, pelo seu alto valor nutricional. O professor Roberto Carlos Beber destacou que já existe uma implantação de lavoura de capim elefante no município de Vera para a utilização na indústria de etanol.

A tese de Roberto foi defendida em 14 de fevereiro de 2025, dentro do programa de pós-graduação em Biotecnologia e Biodiversidade da Rede Pró-Centro Oeste, pela UFMT do campus de Sinop. Mas a pesquisa continua a ser financiada pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Fapemat, para explorar mais potenciais do capim elefante. O estudo também recebe apoio do Instituto de Tecnologia para Fabricação de Materiais Avançados (IFAM) com sede em Bremem (Alemanha), e do Centro de Inovação e Tecnologia em Bioenergia e Sustentabilidade (CIT), vinculado a pró-reitoria da UFMT, campus Sinop.

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Fonte: Governo MT – MT

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Mato Grosso

Mato Grosso intensifica protocolos para impedir entrada de gripe aviária no Estado

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) intensificou, nesta sexta-feira (16.5), as ações de fiscalização sanitária e monitoramento a fim de impedir que a gripe aviária (influenza aviária) ingresse em planteis comerciais de aves ou em propriedades rurais com avicultura de subsistência em Mato Grosso.

O reforço nas fiscalizações ocorre diante da confirmação de um caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em granja comercial na cidade de Montenegro (RS), informado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na quinta-feira (15).

O diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, explica que o reforço envolve aumento no número de inspeções em propriedades rurais que possuem aves de fundo de quintal, além de ações de fiscalizações e monitoramento em granjas comerciais, aumento na coleta de amostras de secreções de galinhas, patos, gansos e perus de criações domésticas.

“Além disso, a fiscalização de barreiras sanitárias, com o ingresso de veículos contendo produtos e animais vindos da região sul, onde o foco foi comprovado, terá uma vigilância maior por parte do nosso efetivo de médicos veterinários oficiais do Estado, que hoje conta com 262 profissionais treinados para atender casos suspeitos de doenças na área animal que venham a oferecer riscos às nossa produção”, ressalta Tomazele.

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Barreira sanitária

Desde que a presença do foco de Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foi confirmado na Bolívia, país vizinho a Mato Grosso, no inicio de 2023, o Indea já estava focado em prevenir a entrada da doença viral no território estadual.

Dados da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal do Indea (CDSA) mostram que, de janeiro de 2024 a abril de 2025, foram realizadas 15.767 atividades de vigilância baseadas em risco. O órgão realizou ainda 54 visitas de vigilância ativa em granjas comerciais e 53 visitas em propriedades rurais com aves para consumo próprio.

No período de 16 meses, foram colhidas 2.134 amostras de suabes (uso de cotonetes) e 1.067 amostras de soros em aves de produção comercial. Já em aves de subsistência foram 1.166 suabes colhidos e 583 soros coletados.

Servidor do Indea em atividade de vigilância sanitária em granja comercial.

O diretor técnico do Indea ressalta que Mato Grosso não possui casos de gripe aviária e pede que a população não deixe de consumir ovos ou carne de frango, já que todos os produtos a venda passam por inspeção e protocolos rígidos de controle sanitário.

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Produção

Mato Grosso conta com 37,2 milhões de aves comerciais, sendo Nova Mutum, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde os municípios que concentram a maior produção de aves. O Estado ocupa o 8º lugar no ranking de exportadores de carne de frango e o 4º em exportação de ovos do país.

O que fazer em caso de suspeita de gripe aviária?

Todas as suspeitas de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente, presencialmente ou por telefone, ao Indea.

Na página da autarquia é possível encontrar o endereço e telefone de todas as unidades instaladas no Estado. Outra opção é fazer a notificação pela internet na plataforma e-Sisbravet, no endereço https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action.

Sintomas

A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como machas vermelho-arroxeadas de cristas e barbelas, manchas avermelhadas nas pernas, dificuldade respiratória, tosse, espirro, coriza, torcicolo, andar cambaleante e diarreia.

Fonte: Governo MT – MT

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