Thiago Silva encerra 6 anos de mandato de vereador com grandes conquistas para Rondonópolis
Fonte: Assessoria
O deputado estadual eleito Thiago Silva (MDB) encerrou no dia 24 de janeiro seu mandato de vereador pela Câmara Municipal de Rondonópolis. O parlamentar teve atuação de destaque na casa leis, apresentando projetos relevantes e trabalhando diariamente para viabilizar infraestrutura para os bairros da cidade. Ao longo de 6 anos, divididos em dois mandatos, Silva apresentou 1.304 indicações, 216 requerimentos e 202 projetos de leis. Das quase 175 propostas, 125 viraram leis.
Destaque para a lei 7.704/2013, que instituiu o Portal da Transparência, a lei 7.869/2013, que criou o programa Meu Primeiro Emprego, e a lei 8.452/2015, que implantou a coleta seletiva na cidade. O parlamentar destaca também as leis municipais 7857/2013, que criou o Conselho de Ciência e Tecnologia e Inovação, a lei 8.179/2014, que estabeleceu a realização anual da Feira Municipal de Ciência e Tecnologia, e a lei 9.183/2017, que instituiu o programa municipal de estímulo, incentivo e promoção ao desenvolvimento local de Startups, que colocaram Rondonópolis como referência da área de ciência e tecnologia. “O nosso objetivo é que Rondonópolis possa agregar valor à matéria prima, exportar conhecimento para o Brasil e exterior, gerando assim emprego e renda, se tornando um polo tecnológico”, explica Thiago Silva.
A qualificação e a educação sempre estiveram na pauta do deputado eleito. Thiago Silva foi o responsável pela qualificação de mais de 3 mil jovens pela Fundação Ulysses Guimarães, implantou o projeto Tocando em Frente, que levou aulas de músicas para crianças carentes, foi autor do projeto Diga Sim a Vida, Diga Não as Drogas. O cursinho preparatório Zumbi dos Palmares distribui apostilas de graça para os seus alunos. O material didático foi viabilizado pelo parlamentar, que ainda trabalhou pela reforma de escolas municipais e implantou o projeto Jovem Cidadão nas Escolas.
O deputado estadual eleito ainda teve participação direta na implantação da Unemat em Rondonópolis. O emedebista foi um dos criadores do movimento Unemat Já, que resultou na implantação do núcleo da instituição com 03 cursos. Thiago também teve participação incisiva na criação da Universidade Federal de Rondonópolis. Ocupando uma cadeira no Comitê Pró-Universidade Federal de Rondonópolis, participou de reuniões com representantes do Ministério da Educação, apresentou números sobre a importância da emancipação do campus. “A Unemat e a UFR foram duas grandes conquistas, não só para Rondonópolis, mas para todas as 19 cidades compõem nossa região. O trabalho não pode parar. O Estado precisa dar viabilidade para a Unemat aumentar ofertas de cursos, construir uma sede própria e o governo federal disponibilizar orçamento para estruturar e expandir a oferta de cursos da UFR. São compromissos que seguem na minha agenda e vou continuar lutando para realizar nos próximos anos”, garante.
Outra marca do trabalho do ainda vereador está nas áreas infraestrutura, mobilidade e urbanismo. Thiago Silva viabilizou recursos para a construção da feira coberta do Conjunto São José e do Centro Multiuso do mesmo bairro. O legislador ainda trabalhou com êxito pela pavimentação asfáltica de vários bairros da cidade (em destaque o Jardim Serra Dourada que aguardava a 30 anos), e viabilizou instalação de novas casas lotéricas no município, fora da região central. Destaque ainda para o apoio à agricultura familiar. Através de parceria com o Deputado Carlos Bezerra viabilizou a aquisição de tratores e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e iniciou a perfuração de poços artesianos em assentamentos da zona rural. A regularização fundiária nas zonas rural e urbana também foram compromissos do vereador. “Desde o início do meu primeiro mandato realizo reuniões com o Intermat e Incra com o objetivo de formalizar convênios para a regularização de áreas em Rondonópolis. Os resultados foram parcerias firmadas entre estado e município. A mais recente foi a entrega de títulos de posse para moradores da Gleba Rio Vermelho e Conjunto São José”, conta.
O parlamentar foi eleito por várias pesquisas como o vereador mais atuante de Rondonópolis. Parte da satisfação da comunidade com seu trabalho está na atuação transparente. Uma preocupação desde o início do mandato era aproximar a Câmara Municipal das comunidades. Assim foi criado um aplicativo, que facilitou o envio de solicitações e cobranças para os órgãos públicos. Thiago ainda é pioneiro na implantação do Gabinete Itinerante. “As principais regiões receberam o trabalho. A comunidade foi ouvida, apresentou sugestão, reclamações e recebeu respostas”. Outra ação do vereador Thiago Silva foi a prestação de contas anual do seu trabalho. Todas as ações realizadas foram apresentadas em detalhes em reuniões com a população rondonopolitana.
O parlamentar garante que seu perfil de trabalho na Assembleia Legislativa será municipalista, e tem como meta trabalhar para diminuir as desigualdades sociais, melhorar os serviços públicos, principalmente na área da saúde e buscar mais oportunidades na educação para gerar emprego e renda para população mato-grossense”, finaliza.
Enquanto vereador, Thiago Silva teve uma trajetória marcada por muitas iniciativas inovadoras e por grandes lutas em prol da população rondonopolitana
Proibição de celular na escola é bem-vinda, mas não é suficiente
A vida escolar de cerca de 47 milhões de estudantes do ensino fundamental e do ensino médio mudou radicalmente no ano letivo que acabou de iniciar. Conforme a Lei nº 15.100/2025, eles estão proibidos de usar “aparelhos eletrônicos portáteis pessoais durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, para todas as etapas da educação básica”.
Para Danilo Cabral, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Galois em Brasília, a medida exige mudança de comportamento. Vai alterar, por exemplo, a comunicação com a mãe ou com o pai. “Às vezes, no meio da manhã, eu decido que vou almoçar na escola, e fica um pouco mais difícil avisar aos meus pais.”
Apesar do empecilho, Danilo acha que “é só uma questão de adaptação mesmo” e que vai ser “muito benéfico”, porque “para prestar atenção nas aulas, a gente não pode mexer no celular”, admite cerca de dez dias depois da volta às aulas.
Brasília (DF) 14/02/2025 – Proibição do uso de celulares nas escolas. A aluna do colégio Galois, Joana Chiaretto. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil – Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agênci
Joana Chiaretto, da mesma turma que Danilo e também com 16 anos, percebe “mudanças muito positivas” no pátio da escola. “Antes, a gente via todo mundo no próprio celular. Sem conversar, nem nada, os grupinhos separados. Agora a gente vê um grupão de meninas jogando carta. A gente vê as pessoas conversando mais. Aqui na escola todo mundo está trazendo jogos”, conta com entusiasmo.
Para ela, “as pessoas são muito viciadas no celular.” E, entre os mais jovens, “é muito difícil. Chega a dar aquela angústia, de querer pegar o celular, de ligar pra alguém ou mandar uma mensagem.”
Sem fotos do quadro
A visão crítica dos dois adolescentes sobre o uso de celular no colégio e os benefícios da proibição são compartilhados por seus professores. “Melhorou muito no quesito entrosamento dos alunos. Eles têm que conviver juntos de novo”, ressalta Victor Maciel, professor de biologia do ensino médio.
O professor observa que, sem o celular, “os alunos não tiram mais fotos do quadro” e, mais atentos, perguntam mais, tiram dúvidas e aprendem mais. “Eles têm que estar mais focados agora. A aula fica mais interessante para eles. Porque sabem que não vão ter tanta facilidade depois para conseguir aquele conteúdo.”
Patrícia Belezia, coordenadora do ensino médio no Galois, também apoia a decisão. Ela se recorda de que, em ano anterior, a escola flagrou alunos jogando no celular inclusive em plataforma de apostas, “muitos viciados no jogo do tigrinho e em pôquer eletrônico. Eles faziam apostas entre eles.” Como o exemplo é uma forma de educar, a coordenadora destaca que a restrição aos celulares na escola é para todos. Se estende aos funcionários e aos professores.
A diretora do colégio Galois, Dulcinéia Marques. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Dulcineia Marques, sócia fundadora do colégio, acha que “ganhou um presentão” com a lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República. Para ela, o aparelho celular pode ser um marcador de desigualdades sociais em função do modelo e do pacote de dados.
Ao seu ver, essas distinções distorcem o espírito das escolas que exigem o uso de uniforme igual para todos, que tem um propósito. “É o jeito de educar esses meninos. É assim para igualar as crianças e adolescentes. Para não trazer para dentro da escola o poder aquisitivo que os diferenciam pelos tênis e marcas de roupa.”
A escola de Dulcineia Marques, no Plano Piloto, atende a 1.198 meninos e meninas das quatro séries finais do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio. A 32 quilômetros dali, em Ceilândia, no Centro Educacional n° 11, o diretor Francisco Gadelha atende a 1.512 estudantes dessas séries e também homens e mulheres de 18 a 60 anos do ensino de jovens e adultos (EJA). O diretor também faz elogios à proibição dos celulares.
“No começo, eu era contrário à lei, por entender que o celular é uma ferramenta tecnológica. Mas agora estou observando em poucos dias como está sendo benéfico inclusive no comportamento. A gente está tendo menos brigas, menos situações de bullying.”
Gadelha está aproveitando a entrada em vigor da Lei nº 15.100/2025 para provocar a reflexão dos alunos e dos professores. Na preparação do ano letivo, a escola adotou o livro “A geração ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais”, do psicólogo social Jonathan Haidt, como referência para a criação de um projeto pedagógico em andamento.
Segundo ele, os três primeiros dias de aula no período diurno foram “cansativos” porque teve de guardar na escola 15 celulares que os alunos trouxeram de casa. Os aparelhos foram devolvidos aos responsáveis pelos estudantes. Apesar da escola retirar o telefone dos alunos, apenas um pai reclamou. “Em regra, os pais estão gostando muito”, avalia o diretor.
Além da direção da escola durante o dia, Francisco Gadelha ainda leciona para adultos no período noturno. De acordo com ele, a proibição do celular “é mais difícil no EJA, porque os adultos estão mais viciados do que as crianças.” Com eles, a escola propõe um termo colaborativo para manter os aparelhos longe das salas de aula.”
Uso consciente
Para Luiz Fernando Dimarzio, analista pedagógico da Ctrl+Play, uma escola de tecnologia para crianças e adolescentes em cidades do Estado de São Paulo, a lei que proíbe celulares é “polêmica”, pois “a questão do permitir ou proibir é acabar indo muito nos extremos.”
Dimarzio opina que é preciso buscar “como que a gente pode utilizar isso de forma saudável, e ensinar o uso consciente da coisa. Eu fico pensando, será que, de repente, definir momentos específicos para uso? Para uma pesquisa, tem inúmeros aplicativos educacionais, né? Será que, de repente, definir momentos específicos para o uso não seria mais interessante?”,
Em suas indagações, o analista pedagógico lembra que a lei faculta o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula “para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação”.
Victor Freitas Vicente, coordenador de educação do Instituto Felipe Neto, avalia que havia um clamor no país pela adoção da lei contra os celulares nas escolas “e que a proibição pode ser um passo importante no contexto de ambientes digitais cada vez mais tóxicos.”
Ele, no entanto, pondera que “a escola não é um jardim murado. Ela é um polo conectado com os desafios da sociedade” e, nesse sentido, “precisa preparar as novas gerações para os desafios que as tecnologias digitais estão colocando, não só em relação ao comportamento, mas em relação a uma nova ordem econômica, a inteligência artificial.”
O coordenador também defende os resultados da proibição do celular sejam avaliados em pesquisas sobre aprendizagem, e que seja implantada a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas comunidades escolares, que ainda não têm regulamentação definindo as regras práticas para adoção nos diferentes sistemas de educação brasileiros. Além disso, ele é a favor de que o Congresso Nacional retome a elaboração da lei sobre funcionamento das redes sociais.
Thessa Guimarães, presidenta do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF) considera “fundamental tirar da gaveta projetos de lei que contribuam para a regulação das redes sociais, compreendendo que hoje a nossa vida atravessa as redes sociais”. Ela ressalta que, por causa das redes sociais, “um dispositivo eletrônico é uma porta aberta a toda a produção humana que existe, inclusive a produção de discursos de ódio, a produção de difusão de métodos de auto-lesão e de suicídio.”
Raquel Guzzo, pesquisadora e professora titular de Psicologia na PUC de Campinas, considera que as redes sociais, acessadas principalmente por meio de celulares, “têm um impacto significativo na autoestima e na percepção de si mesmos entre adolescentes, que podem se sentir pressionados a corresponder a padrões irreais de comportamento e estética.”
Ela lembra que as redes sociais “são projetadas para maximizar o tempo que os usuários passam nelas, utilizando algoritmos que promovem o engajamento contínuo.” No entanto, “outros recursos do celular, como jogos e aplicativos, também podem contribuir para a dependência, especialmente quando usados excessivamente.”
Linguagem comprometida
A psicopedagoga Gabriela de Martin, especialista em saúde mental pela UFRJ, avalia que a linguagem utilizada pelos mais jovens e os recursos para a escrita nos celulares também são comprometedores da linguagem e podem gerar barreiras quando forem buscar trabalho.
Gabriela de Martin tem experiência com a colocação profissional de jovens aprendizes (14 a 18 anos) no mercado de trabalho, mas enfrenta, no entanto, “imensa dificuldade, porque os meninos nessa faixa etária estão analfabetos.”
“Temos uma linguagem usada nos aplicativos de mensagem que não têm palavras por inteiro, cheia de erros de pontuação. Muitas vezes é o próprio teclado que vai criando o texto. Eu já vi muita gente que chega com 16, 17 anos sem capacidade de formular uma resposta”, lamenta Gabriela.
Totalmente favorável à proibição dos celulares nas escolas, a presidenta do CRP-DF, Thessa Guimarães, alerta para os riscos de crise de abstinência pela ausência do celular, com efeitos físicos e psíquicos, que pode acontecer “na ausência de qualquer droga, lícita ou ilícita, na ausência de um companheiro amado a partir de uma separação, ou na ausência de um dispositivo que se tornou a centralidade da vida daquela criança e daquele adolescente.”
Em caso de síndrome, Thessa Guimarães recomenda apoio familiar e busca de profissional qualificado para atendimento psicológico e “naturalmente, a substituição progressiva da centralidade daquele dispositivo por mais comunhão familiar e participação em atividades paradidáticas, extracurriculares.”
“É preciso povoar a vida dessa criança e desse adolescente de novos interesses e de novas aberturas, para que ela possa se recuperar do vício e explorar outras potencialidades.”
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